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3 de setembro de 2011

Mania de perseguição, por Ricardo Sousa

Ricardo de Netinha em São Paulo - foto Alana Maria
Observando, mesmo de longe, o atual quadro político de Altaneira, confesso que me bate um sentimento de revolta e impugnação. Falo isso não como um “cara de senso de humor ácido”, um “tirador de sarro”, como alguns acham, mas como um cidadão.

 A nova moda, a tendência desse verão, é a tal perseguição política. No seu perfil em uma rede social, o vereador mais votado, Prof. Adeilton, escreve: “A distribuição de empregos em troca por votos se alastra em Altaneira... Vamos garantam suas vagas. É muito triste.” 

 Amigos, desde que me conheço por gente, e olha que já tenho 34 anos, distribuição de empregos e perseguições sempre foram as “brincadeiras” preferidas dos antigos governantes dessa cidade. Eu me pergunto de que lado eles eram. Tucanos ou pés de boi? Quantas pessoas com competência foram perseguidas, rebaixadas, por não fazer parte da “panelinha”? Quantas pessoas, por serem do “outro lado”, foram mal atendidas no hospital “público”? Quantas vezes mesmo a ARCA, instituição séria e sem fins políticos ou lucrativos, foi perseguida? E olha que Carlos Tolovi sempre deixou claro que não tinha envolvimento político com ninguém. 

Professor Adeilton, acredito que você seja um homem inteligente. Hoje fala-se de superfaturamento na prefeitura, mas até o sujeito mais leigo, como eu, sabe dos rombos da gestão anterior nos cofres públicos de Altaneira. O senhor foi conivente ou realmente não sabia? Distribuição de empregos? Quantos que tinham sua “vaguinha” na prefeitura eram realmente qualificados? Espera, desculpe. Eram qualificados sim, um grande exemplo de competência da gestão anterior era Ailton de Quido, secretário de saúde, que entende de sapatos como ninguém. Desculpem, não consigo me segurar e não fazer piadas. Como uma amiga minha diz: “levantam a bola, tenho que cortar”. Querem saber quem foi perseguido mesmo? 

Não é difícil de encontrar famílias inteiras rechaçadas por um regime político coronelista, pessoas que, mesmo com competência eram mandadas para o paredão sem direito a nada, somente ao silêncio. Amigos, inimigos, quem quer que esteja lendo isso: é tempo de reflexão, tempo de levantar a cabeça e deixar para trás esse sensacionalismo político. Querem nos fazer de bestas, burros, ignorantes... Temos memória, inteligência. Porque que sempre as mesmas famílias enriquecem na nossa terra? E, quando digo enriquecer, estou me referindo ao ato de não trabalhar, diferente de muitos da nossa cidade, que ralam, lutam e não têm oportunidade. 

Porque muitos que se diziam tucanos hoje batem no peito e dizem “sou pé de boi?”. Será que mudaram por dinheiro, ou cansaram de ser tratados por tanta corrupção? A pergunta que se faz hoje é: Delvamberto ou Andréia? Analisem o perfil de cada um. Quem deixou Altaneira quando perdeu? 

Pelo que sei Delvamberto fincou os pés. Delvamberto precisa do dinheiro público? O cara, como todos sabem, é um grande empresário na região, e conseguiu por mérito próprio. Agora é a vez da mulher? Pergunta pra um deles se acreditou e votou em Dilma? E a história da boneca, lembram? 

Quem tem o mínimo de dignidade não se juntaria aos “zombeteiros”. Amigos, fica meu apelo: analisem, ponham na balança, e não caiam em “contos da carochinha”.

Ricardo Sousa, vulgo Ricardo de Netinha (Ator, Ilustrador e Músico nas horas vagas), mora em São Paulo há mais de 20 anos, mas seu coração continua na Samambaia.

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