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20 de novembro de 2014

Camilo avalia cortar cargos terceirizados, mas mantém concursos

Camilo comandou segundo dia de reuniões da transição com secretarias estaduais (Foto: Divulgação)
Como parte do arrocho financeiro do primeiro ano de gestão, o governador eleito Camilo Santana (PT) estuda cortar o número de terceirizados no Estado a partir de 2015. A informação é do ex-secretário da Fazenda, Mauro Filho (Pros), que integra a comissão de transição do governo. Camilo deverá aguardar as reuniões com as secretarias de Saúde, Educação e Segurança Pública e Defesa Social – que, juntas, representariam quase 80% do custeio do Estado – para decidir onde enxugar a máquina pública. 

“Isso está sendo avaliado por cada secretaria. No momento em que isso for quantificado, com o tamanho da capacidade gerencial do Estado, vai se medir a necessidade, ou não (dos cortes). Mas que vai ser controlado, vai ser controlado. Vamos ter de dar uma enxugada, com certeza”, afirmou Mauro Filho, na noite de ontem, em entrevista durante reunião da equipe de transição.

Questionado sobre o atual cenário de terceirizados no Governo, o ex-secretário disse que o cálculo só será fechado com a exposição das demais pastas – até agora, seis das 27 pastas apresentaram diagnóstico a Camilo. “Não dá para dar esse tamanho agora nem seria estrategicamente correto, porque estamos vendo os projetos que cada secretaria tem e a relevância do que elas estão para contratar”.

O jornal POVO verificou, nos relatórios de prestações de contas do Governo – divulgados pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE) – que os gastos com terceirização quase triplicaram nos últimos anos – em 2006, a despesa era de R$ 303,4 milhões. No ano passado, o valor foi de R$ 863,9 milhões. Os números levam em conta os itens “locação de mão-de-obra” e “outras despesas de pessoal decorrentes de gastos com terceirização”.

Mauro Filho argumenta que se trata de reflexo do aumento de serviços prestados pelo Estado. “A tendência natural da expansão do serviço público é que ele acaba trazendo, para a prestação de serviço de maior dimensão, o terceirizado”. Segundo ele, as pastas terão, agora, de comprovar a necessidade desses recursos.

A “tesourada” no excesso de cargos não atingiria, porém, as promessas de concurso público feitas por Camilo durante a campanha, como os de 10 mil vagas para profissionais da saúde e outras vagas para as universidades do Estado. Pelo menos foi o que garantiu Mauro Filho. Apesar disso, ele deixou claro que não há data definida para a realização dos concursos. “Vai ter todo um cronograma Isso é compromisso de governo. Não é compromisso de um ano de governo”, avisou.

Com informações O Povo Online

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