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9 de março de 2015

"PMDB não se comporta como partido da base aliada", critica Camilo

O governador Camilo Santana (PT) afirmou que o PMDB, partido que está na base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), “muitas vezes não se comporta como base aliada”

Para o petista, o do partido do vice-presidente da República, Michel Temer, “muitas vezes está pensando mais no espaço que ocupa (no governo) que no projeto nacional do Brasil”. No Ceará, o PMDB faz oposição ao atual Governo do Estado. A entrevista foi concedida à Agência Estado. 

Camilo defendeu o fortalecimento de siglas como o Pros e PDT que, segundo ele, estão “realmente em defesa do governo Dilma”. “O PMDB faz parte da base aliada, mas muitas vezes não se comporta como base aliada. Essa é que é a grande verdade. A política é feita para que tenhamos o olhar republicano, para que olhemos para o Brasil. Mas o PMDB muitas vezes está pensando mais no espaço que ocupa do que no projeto nacional do Brasil”, disparou.

Recentemente, o ex-governador e atual ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), juntamente com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), se articulavam no sentido de ressuscitar o PL para fortalecer a gestão da presidente e deixar de depender do PMDB para governar.

Em janeiro, Cid defendeu “a criação de dois partidos para fortalecer a base, um de centro, outro de centro-esquerda”. Santana, no entanto, diz ser contra a criação do PL. “Só conseguiremos superar o que vivemos hoje no Congresso, nas relações políticas, com a reforma política”, destacou.

O senador Eunício Oliveira (PMDB) criticou as declarações do petista. Para o líder do PMDB no Senado Federal, o chefe do Executivo estadual “errou de sigla” nas declarações à imprensa em que criticava o PMDB. Segundo ele, Camilo deveria “estar falando do PT”. Eunício afirmou que o seu partido não tem compromisso com o PT, e sim com o Brasil.

Após ser derrotado em outubro de 2014 quando tentava se eleger governador do Ceará pelo PMDB, Eunício Oliveira conduziu o partido no Estado para a condição de opositor ao grupo dos irmãos Ferreira Gomes, que conseguiu eleger Camilo Santana chefe do Palácio da Abolição.

Com seis parlamentares fazendo oposição ao petista na Assembleia Legislativa, o partido do senador tem o deputado estadual Audic Mota autor do requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para apurar a obra do Acquario Ceará, projeto herdado do governo Cid. O requerimento ainda não tem o número de assinaturas necessárias.

Com informações O Povo Online

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