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12 de maio de 2015

Saída do secretário evidencia crise da saúde no Ceará

A saída do secretário estadual da Saúde Carlile Lavor evidencia ainda mais a crise do saúde pública no Ceará. Em momento crítico, com pacientes abarrotados nos corredores dos hospitais e surtos de dengue, o cargo continua em aberto. 

Em nota, o governo informou ontem que o secretário-adjunto, Henrique Javi, passa a responder pela pasta temporariamente. 

O ex-secretário pediu exoneração segunda-feira, (04/05), data em que foi afastado da administração da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa). O desligamento deve ser oficializado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.

“Acho importante que comece uma nova gestão, mais coordenada. Conversei com a equipe do governador. Mostrei os problemas para que o próximo gestor já não enfrente as mesmas dificuldades”, explica Lavor.

Criador do programa de agentes comunitários de saúde, no fim da década de 1980, Lavor lamenta a desatualização do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ele, a crise do setor é fruto de um modelo antiquado que não acompanhou a evolução demográfica do País.

“É um sistema que tem ser aperfeiçoado. Hoje, já houve redução da mortalidade A população está maior e mais velha”, argumenta.

Lavor insiste que o maior problema não é a falta de recursos financeiros, mas a capacidade de gerir o modelo de forma apropriada e eficaz. Para ele, o foco dos recursos deve ser a assistência básica.

De acordo com apuração do O POVO, os nomes mais cotados para assumir a Sesa seriam: o deputado federal Odorico Monteiro (PT); o seis vezes eleito deputado estadual José José Sarto Nogueira (Pros); e o atual secretário interino Henrique Javi, formado em Física pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).

O ex-prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, que atuou como secretário-executivo da pasta na gestão Cid Gomes, também estaria na lista, mas não comentou o caso.

O governador Camilo Santana sinalizou o escolhido seria alguém com competências técnicas para o cargo. Monteiro desmente que tenha sido abordado pelo governo do Estado. “Não posso comentar, mas não estou sendo cotado para nada”, afirma o médico petista. Sarto e Javi não foram localizados pela reportagem para comentar a possibilidade de gerir a Sesa.

Havia também rumores em torno do cardiologista Carlos Roberto Martins (Cabeto). Antes do convite a Lavor, ele teria sido convidado a assumir o cargo, mas recusou. “Não fui sondado para o cargo nem estou acompanhando o desenrolar da história”, nega Cabeto.

“Estamos na torcida pra ser um nome tecnicamente preparado”, afirma a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec), Mayra Pinheiro. Para a médica, os nomes cotados não agradam a categoria.

Com informações O Povo Online

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