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5 de setembro de 2015

"Aos temporários, a incerteza" por Eduardo Amorim

Plenário da Câmara Municipal de Altaneira (Foto: João Alves)
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Altaneira, realizada na tarde de ontem (04/09), mais uma surpresa desagradável, outra manobra articulada pelo bloco da maioria com a Presidência da Casa adiou, mais uma vez a votação do projeto que autoriza a contratação de servidores temporários. 

O Líder do Bloco da Maioria, vereador Adeilton não gosta que eu use essa palavra, mas só vejo ela: foi manobra mesmo.


O vereador Flávio Correia havia pedido vista do projeto dos temporários na sessão anterior, no inicio da sessão de ontem a Presidente da Casa, Lélia de Oliveira (PCdoB) pediu as justificativas de Flávio e de seu colega de partido, o Presidente da Comissão Permanente, o Vereador Deza.

Flávio disse que já tinha sua justificativa para a vista e estava pronto para votar o projeto, mas estranhava o fato do projeto não estar incluído na Pauta previamente distribuída.


Já Deza, afirmou que não entendeu o motivo pelo qual ele deveria justificar, já que vistas não são endereçadas à Comissão Permanente.

A Presidente passou a palavra para o Relator, Professor Adeilton, para que este fizesse a justificativa sobre o Projeto não estar na pauta. O mesmo argumentou que o art. 187 do Regimento Interno diz que Flávio deveria ter justificado seu pedido de vista junto à presidência antes da Sessão.


Acho que o Regimento que o Relator usa não é o de Altaneira, pois em pesquisa simples verifiquei que nem o art. 187, nem nenhum outro artigo fala em justificar vista antes da sessão.

E os temporários novamente ficam na incerteza. Vale lembrar que tanto o Relator, quanto o Vereador Genival já se manifestaram contrário ao Projeto. Deza classificou o episódio como “mais uma comédia”.

Se não fosse um requerimento do relator pedindo cópia da licitação da ‘festa de outubro’, a Ordem do Dia passaria em branco mais uma vez. O requerimento foi aprovado por unanimidade.

Quem salvou a sessão, foi a Professora Antonia Leite, que se fez presente com mães e alunos da Escola Joaquim Rufino. A professora usou a Tribuna para solicitar ao governo, e ao legislativo para a reabertura da Sala de Recursos que atende aos alunos portadores de necessidades especiais. Todos os Vereadores foram unânimes em apoiar o pedido da professora, mas iniciou um debate que mais pareceu o Tema Livre, onde os vereadores da oposição sempre atacam o Governo, e os vereadores da situação sempre defendem e fazem comparações com Governos passados.


A professora ainda na tribuna estava visivelmente constrangida com o tom que o Debate tomou, e disse que não foi à Câmara para causar polêmicas, que estava clamando pela educação de Altaneira.

Falando sobre a educação de Altaneira, Flávio disse que existem professores que apresentam atestado médico para não dar aula, mas comparecem em outras atividades. Flávio foi enigmático, mas o entendimento é de que se trata de algum Vereador ou Vereadora.

Ainda em tempo, a Presidente da Casa, disse que vem sendo perseguida desde que assumiu a Presidência, que não tem mais sossego, que só escuta críticas, que não lê mais as redes sociais, (certamente se referiu as minhas matérias).  Alguém avise a Presidente que este é ônus da vida pública. E que se “não aguenta mais”, renuncie.

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