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24 de outubro de 2015

"Depois da longa folga" por Eduardo Amorim

Plenário da Câmara Municipal de Altaneira em 23/10/2015 (Foto: João Alves)
Depois de duas semanas a Câmara Municipal de Altaneira voltou a se reunir em Sessão Ordinária na tarde de ontem (24/10). A Ordem do Dia contou com dois requerimentos, um de autoria do vereador Deza Soares (Solidariedade), que pedia cópia de uma licitação e outro do vereador Genival Ponciano (PTB) que pedia o convite de um representante de uma empresa privada de vigilância que está atuando na cidade para prestar esclarecimentos à comunidade.

Ambos os requerimentos foram aprovados por unanimidade, o do vereador Deza sem ninguém manifestar apoio ou rejeição, já o de Genival rendeu alguns comentários dos seus colegas, o mais interessante foi o da presidente Lélia de Oliveira (PCdoB), que citou que contratou a vigilância para sua casa, e que a empresa já está fazendo a vigilância da sede do Poder Legislativo, mas não comunicou de que forma este serviço seria pago.

O Relator da Comissão Permanente, vereador Professor Adeilton (PP), levantou Questão de Ordem, comprometendo-se a apresentar o parecer do Projeto de Lei que cria a Ouvidoria do Município na próxima semana, e disse que vão ser apresentadas quatro emendas ao projeto.

No Tema Livre o vereador Genival levantou uma denúncia feita por uma cidadã da comunidade da Samambaia sobre o atendimento no posto de saúde daquela comunidade, e pediu ao vereador Flávio Correia (Solidariedade) para que apurasse a denúncia junto a Secretaria de Saúde. Flávio prontamente se comprometeu de buscar um entendimento sobre a situação e a resolução se esta for necessária.

O assunto que mais se bateu na sessão de ontem foi o feriado “emprensado” da última sexta-feira. O vereador Antonio Leite (PRB) levantou que não foi comunicado na forma regimental do cancelamento da sessão, e informou que levou ao Ministério Público denúncia sobre as sessões em que a maioria dos vereadores não compareceram a casa. Levantou-se neste momento a informação sobre a viajem do líder da maioria para um evento relacionado ao seu curso de Mestrado, de pronto, a presidente da casa disse que “ele é liberado para qualquer coisa do seu mestrado”, e aproveitou a oportunidade para classificar de irresponsável a minha coluna neste blog na última semana, onde vinculei a ausência da sessão à viajem do líder.

Flávio respondeu a presidente dizendo que irresponsabilidade é fechar a Casa Legislativa, e que já que o vereador é liberado para fazer essas viagens, que ele viaje, mas que haja a sessão. Depois disso o vereador pressionou a Chefe do Legislativo por transparência na sua gestão, a presidente em total descontrole discutiu em um tom de voz que não havia sido visto nem mesmo nos mais inflamados debates daquela casa, então passou a condução dos trabalhos para o vice-presidente e se retirou do Plenário.

Em tempo, após Flávio fazer nova referência a condenação por Improbidade Administrativa do vereador Professor Adeilton, o líder da maioria pediu para os parlamentares pararem com essas brigas pessoais pois segundo ele “a comunidade já tá sabendo demais disso”.

Observei alguns pontos importantes na sessão de ontem: 

Primeiro: a Presidente da Casa não consegue nem disfarçar que seria capaz de comandar bem o legislativo; 
Segundo: tanto o vereador Adeilton como a presidente continuam mudando de assunto para desviar o foco, um de sua condenação por atentado a administração pública, e a outra da péssima gestão que vem fazendo;
Terceiro: o vereador Genival que disse que não abria mão de ser candidato a presidência da casa de forma alguma, mas recuou e votou na atual presidente, conduz uma sessão, de uma forma que nunca se viu a presidente fazer ao menos parecido.

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