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3 de dezembro de 2015

É inimaginável trocar impeachment por cassação, diz ministro do STF

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello classificou de “inimaginável” que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenha deflagrado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff após deputados do PT decidirem votar pelo prosseguimento do processo de cassação do mandato do peemedebista.

“Não se pode atuar dessa forma. A atuação deve ser independente”, afirmou o ministro. 

Marco Aurélio, que já defendeu a renúncia de Cunha do comando da Câmara por causa das investigações do esquema de corrupção da Petrobras, no entanto, minimizou a influência de Cunha no processo.

O ministro afirmou que Cunha apenas aceitou a tramitação do pedido de impeachment num gesto protocolar. “Ele não toca (o processo). Quem tocará o processo será o colegiado. Não há esse poder do presidente da Casa receber ou não receber a notícia da prática que leva ao impeachment”, disse.

“O presidente personifica em termos o colegiado. Acima do presidente está o colegiado”, completou.

Após a sessão, os ministros do STF evitaram falar sobre a decisão de Cunha. Nos bastidores, alguns ministros se declararam surpresos. Outros minimizaram o fato de Cunha ser implicado na Lava Jato e aceitar o pedido de impeachment.


Com informações O Povo Online

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