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31 de maio de 2016

"Temer vacila, de novo" por Guálter George

A experiência política tão justamente alardeada de Michel Temer não parece vir lhe servindo para escolher o tempo correto das decisões a tomar nos momentos de crise como chefe de um Governo instalado para, mesmo que provisoriamente, colocar ordem no País.

Era evidente a insustentabilidade da situação de Fabiano Silveira no ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, a partir do momento em que ele teve exposto parte do conteúdo de comprometedora conversa com o senador Renan Calheiros e o cearense Sérgio Machado.


Temer, como já acontecera no caso de Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, apresentou-se vacilante, deixando que a crise se estendesse além do necessário.

A demissão, solicitada ou imposta, era a única saída vislumbrável, cabendo a Temer, valendo-se do seu tempo de janela política, acertar os ponteiros com o padrinho do ministro, o senador Calheiros, para minimizar seus efeitos futuros.

Coisa que ele não fez, ou fracassou ao tentar, deixando o governo à mercê de uma situação em que todo mundo gritava e ninguém se entendia. Resta imaginar que as lições dos primeiros episódios sirvam à administração dos que estão por vir. Até porque, há motivos para imaginar que outros semelhantes
esperam na fila.

Publicado originalmente no O Povo Online


Guálter George, editor-executivo de Conjuntura do Jornal O Povo

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