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18 de fevereiro de 2018

Temer anuncia criação do Ministério da Segurança

Crivella e Pezão recepcionaram o presidente Temer no Rio (Foto: Alan Santos)
O presidente Michel Temer anunciou ontem (17/02) no Rio, a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O anúncio é mais uma medida no contexto da guerra ao tráfico de drogas. Para a criação da pasta, o Ministério da Justiça será desmembrado. Temer não respondeu perguntas da imprensa e não falou quem assumiria a nova pasta. “Nós não vamos parar por aí. Muito brevemente, na próxima semana ou na outra no mais tardar, eu quero criar o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que vai coordenar a segurança pública em todo o País, evidentemente sem invadir as competências de cada estado federado”, disse o presidente. A nova pasta será desmembrada do Ministério da Justiça e oficializada por meio de um texto que já está na Casa Civil.

Na sexta-feira passada, o presidente decretou intervenção na Segurança do Rio. A medida foi para conter a crise de violência no Estado. O secretário de estado de segurança, Roberto Sá, foi afastado do cargo e o general Walter Braga Netto será, na prática, quem cuidará de todas as questões ligadas à segurança pública. O decreto já está em vigor, mas precisará ser confirmado pelo Congresso para seguir valendo.

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Ontem, militares do Exército reforçaram o policiamento na zona sul da capital por causa da chegada do presidente à Cidade. Temer chegou ao Palácio Guanabara de helicóptero, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco, por volta do meio-dia. A comitiva do presidente foi recebida pelo governador Fernando Pezão (MDB) e pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB), que voltou ontem de uma viagem à Europa durante o Carnaval.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML), as ações decorrentes da intervenção ainda não começaram. Ainda assim, tropas foram vistas em Laranjeiras, onde fica o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, e local da reunião.

O coronel Carlos Frederico Cinelli, chefe da comunicação social do Comando Militar do Leste, explicou que ainda estão valendo as ações que já vinham sendo desencadeadas desde junho do ano passado, quando a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi decretada.

Foi quando as tropas federais passaram a reforçar o policiamento no Estado na tentativa de controlar a violência, marcada por confrontos entre traficantes e policiais e a morte de crianças por balas perdidas.

De lá para cá, militares fizeram operações em favelas tomadas pelo tráfico e em rodovias e vias expressas, usadas por criminosos para deslocamento de armas e drogas.

A intervenção na Segurança do Rio de Janeiro tem duração até o fim deste ano. É a primeira do tipo desde a promulgação da Constituição Federal, há 30 anos. A justificativa foi a escalada da violência no Rio, cujos índices vêm se deteriorando nos últimos três anos. Um somatório de fatores, como os casos registrados no Carnaval - embora as estatísticas comprovem que a festa este ano registrou menos ocorrências policiais do que nos anos passados -, o avanço das milícias em favelas e a crise financeira pela qual o Estado passa há mais de dois anos, levaram à decisão.

Os governos Federal e Estadual ainda não explicaram por que a intervenção veio especificamente neste momento. A medida terá de ser aprovada pelo Congresso Nacional, o que deve acontecer na semana que vem, mas já está em vigor.

Com informações portal O Povo Online

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