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29 de abril de 2018

Os militares de olho na disputa eleitoral de 2018


As eleições de 2018 serão palco de um movimento inédito desde a redemocratização do País: a candidatura expressiva de militares da reserva das Forças Armadas. Após período de reclusão aos quartéis depois do fim da ditadura, eles agora investem na carreira político-partidária aproveitando-se de clima favorável às suas pautas “patriotas”.

Estima-se que mais de 50 militares devem disputar as eleições, para todos os cargos em quase todos os estados. O número expressivo é resultado de articulação comandada pelo general Roberto Peternelli (foto), que tem trabalhado para formar uma bancada forte no Congresso Nacional para a defesa dos interesses da categoria.

Peternelli ficou conhecido após o presidente Michel Temer (MDB) cogitar seu nome para presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2016, mas descartar após repercussão negativa. Ele se candidatou mais de uma vez para a Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo e hoje é ponto-chave para entender a movimentação que ganha força nos círculos e associações de militares da reserva em todo o Brasil.

As candidaturas divulgadas ainda não estão consolidadas. Até agora, há um pré-candidato à presidência da República, cinco ao governo estadual, dois ao Senado e o restante para a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmara Distrital.

O movimento chegou ao Ceará com a indicação do general Guilherme Theophilo como a aposta da oposição para enfrentar o governador Camilo Santana (PT). Em entrevista ao O POVO, o militar diz que o general Peternelli é um “amigo muito grande” seu e revela que essa articulação é antiga, embora ainda discreta.

“Ele vem estruturando esse movimento dentro das Forças Armadas, para nós termos uma bancada de militares participando do Legislativo, do Executivo e de vários setores. Esse trabalho já vem de muito tempo, com ele levantando e incentivando”, confirma.  

Com informações portal O Povo Online

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