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19 de julho de 2018

Camilo fecha porta para PT e diz que apoio a Eunício é "natural"

Camilo nos estúdios da Rádio O POVO/CBN em Fortaleza (Foto: Aurélio Alves)
Camilo Santana (PT) jogou ontem verdadeiro “balde de água fria” em planos de petistas cearenses que defendem candidatura própria do partido ao Senado neste ano. Em entrevista ao O POVO, o governador destacou importância de outras legendas em sua base aliada e disse ser “tendência natural” que ele apoie reeleição de Eunício Oliveira (MDB) ao Senado.

“É natural que cada partido queira o máximo possível de espaço. O PT precisa compreender que o governador já é do PT. Uma aliança como a nossa, com mais de vinte partidos, que tem três vagas, você precisa discutir isso, e não impor”, disse, logo após passagem na Rádio O POVO/CBN para participar do programa O POVO no Rádio, com o jornalista Luiz Viana.

Na última segunda-feira, o presidente do PT Ceará, deputado estadual Moisés Braz, afirmou que petistas não “abrirão mão” de disputar vaga pelo Senado na chapa da base. A tese, antes defendida apenas pelo grupo minoritário da deputada federal Luizianne Lins (PT), amplia racha já instaurado em busca pelas duas vagas de senador no arco de alianças do governador.

Além de petistas, já reivindicavam as vagas para o Senado o ex-ministro Cid Gomes (PDT) e o senador Eunício Oliveira, que se reaproximou recentemente do governo. O entrave ocorre, no entanto, por influência do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, que tem subido o tom de críticas ao emedebista e defendido lançar Cid e André Figueiredo (PDT) nas vagas.

Questionado sobre o impasse, Camilo disse que iniciou nesta semana processo de diálogos que definirá a chapa, negou qualquer imposição de “caciques” e disse que nenhum interesse é inconciliável. “Na vida tudo pode ser, há diálogo para tudo (...) estamos construindo diálogo. Não é o Ciro que manda, não sou eu que mando. A gente define de forma democrática”, diz.

Durante a entrevista, Camilo cravou ainda que “não há possibilidade” de sua chapa ao Governo não incluir o PDT de Cid e Ciro. Questionado logo em seguida se isso se aplicaria também ao MDB, no entanto, desconversou: “Vamos construir, vamos construir”, disse, destacando ainda “tendência natural” de manter o posto de vice-governador com o PDT.

Sobre cenário nacional, Camilo voltou a dizer que não acredita em candidatura do ex-presidente Lula e defendeu uma “candidatura única progressista”. “Eu não acredito que vão deixar Lula ser candidato. (...) A lei da Ficha Limpa é clara que quem tem julgamento em 2ª instância está impedido”.

Com informações portal O Povo Online

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