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29 de fevereiro de 2020

Governo Federal renova GLO no Ceará por uma semana

Os militares permanecerão no Ceará por mais uma semana (Foto: Barbara Moira)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), decretou a ampliação do prazo de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará por mais uma semana. A decisão foi publicada na noite de ontem em edição extra do Diário Oficial da União e tomada após reunião com ministros realizada durante a manhã. Com isso, as Forças Armadas irão permanecer atuantes na segurança pública nas ruas do Estado até a próxima sexta-feira, 6.

A renovação do decreto ocorre em meio à indefinição da paralisação de parte de policiais militares no Ceará, amotinados em batalhões desde o último dia 19. A GLO inicial foi decretada no dia 20 de fevereiro e expirava ontem. O pedido de atuação do Exército no Estado, assim como o de prorrogação do período de validade da medida, foram feitos pelo governador Camilo Santana (PT) ao presidente.

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), afirmou, em nota, que o motim de policiais militares envolve "uma negociação do Estado", mas, enquanto isso, manterá o reforço das Forças Armadas. "No dia 26 de fevereiro, o governador do Ceará pediu uma prorrogação da GLO. O governo federal, por sua vez, autoriza a prorrogação e entende que, no prazo de até o dia 6 de março, a situação deva ser normalizada, prevalecendo o bom senso", diz a nota.

Após a publicação no Diário Oficial, Camilo Santana se manifestou nas redes sociais. "Informo aos cearenses que recebi a confirmação do Governo Federal sobre a prorrogação da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) realizada pelo Exército Brasileiro no Ceará, uma medida necessária pela continuidade do motim de parte dos PMs, que tem provocado insegurança e o aumento da violência em nosso estado. Este é um momento da união de todos contra qualquer ameaça à paz da nossa população", afirmou o governador.

Durante transmissão nas redes sociais na noite de quinta-feira, 27, Bolsonaro reclamou do pedido de prorrogação da operação e disse que Camilo deveria "resolver o problema, que é do seu Estado". O presidente acrescentou: "GLO não é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão emergencial". Bolsonaro também pediu apoio aos governadores "para que o Parlamento vote o excludente de ilicitude". De acordo com ele, a proposta é uma "retaguarda jurídica" para os militares envolvidos na operação.

Antes da confirmação presidencial a respeito da renovação, pelo menos seis estados sinalizaram que enviariam reforços de policiamento ao Ceará, caso a GLO não fosse prorrogada. Os governadores do Maranhão, Rio de Janeiro, Bahia, Piauí, São Paulo e Pará estariam envolvidos nas negociações que trariam reforços por meio do envio de tropas das PMs locais.

Com informações portal O Povo Online


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