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10 de junho de 2020

Transmitida ao vivo, reunião ministerial não teve palavrões nem ataques a instituições

Somente alguns ministros puderam discursar Educação e Meio Ambiente não falaram (Foto: Marcos Corrêa)


O presidente Jair Bolsonaro preparou uma reunião ministerial de tom profissional e objetivo, diferentemente da ocorrida em 22 de abril. Transmitido ao vivo, no encontro de ontem, no Palácio da Alvorada, xingamentos deram lugar a power points com apresentações positivas sobre o governo. A ensaiada mudança tem como objetivo reduzir os estragos, passar um ar de civilidade dos ocupantes da Esplanada e sinalizar à população que a equipe trabalha para combater a pandemia do novo coronavírus.

Prova disso é que os discursos foram restritos. Os ministros que mais causaram controvérsia na reunião de 22 de abril não se pronunciaram, como Abraham Weintraub, da Educação, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente.

O encontro de 22 de abril foi marcado por palavrões e ataques a instituições. Weintraub, por exemplo, disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF (Supremo Tribunal Federal)”. Após o vídeo vir a público, por determinação do ministro Celso de Mello, da Corte, o titular da Educação foi intimado a depor no inquérito das fake news, que está no Supremo.

Outro que provocou polêmica naquela reunião foi Salles. Ele afirmou que o governo deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da imprensa está no novo coronavírus para “ir passando a boiada” e realizar mudanças em regras e normas de proteção ao meio ambiente.

No encontro de ontem, Bolsonaro falou bem menos do que na reunião polêmica. Desta vez, ele não mencionou a Polícia Federal nem se referiu a nenhuma instituição. Questões relativas à segurança pública, no geral, ficaram fora da pauta. André Mendonça, ministro da Justiça, também não foi um dos 12 ministros a falar.

As diferenças não pararam por aí. Se o principal assunto do momento, a pandemia de coronavírus, não havia sido discutido, ontem, foi o tema-chave — e não apenas os efeitos econômicos, mas, também, relativas à saúde da população. Bolsonaro deu espaço para que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, fizesse uma explanação de 40 minutos, mostrando que está preocupado com a transparência dos dados da covid-19. Houve até pedido de salva de palmas, por parte dele, para os profissionais de saúde).

Com informações portal Correio Braziliense

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