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1 de dezembro de 2020

Ceará passa dos 300 mil casos de Covid-19

O Ceará ultrapassou a marca dos 300 mil casos confirmados de Covid-19 na tarde de ontem (30/11). Com um incremento de 1.302 novos resultados positivos no IntegraSus, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em comparação com o índice de domingo (29) o total de confirmações no Estado chegou a 301.251 na noite de ontem. Já os óbitos causados pela doença somam 9.628 desde o início da pandemia no Ceará. Ainda de acordo com dados da Sesa, cinco óbitos aconteceram nas últimas 24 horas. A letalidade, taxa que se refere à quantidade de pessoas que morreram por uma doença em relação à quantidade de infectados por ela, é de 3,2%.

Dados atualizados no IntegraSus às 19h02min de ontem apontam que a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é de 60,79% em todo o Estado. Nas enfermarias, é de 34,8%. Ao se observar os índices de instituições da administração pública, a plataforma aponta 73,77% de ocupação em UTIs e 36,53% nas enfermarias. As UTIs dos hospitais Leonardo Da Vinci (30 leitos), Albert Sabin (oito) e Walter Cantídio (seis), na Capital, apontam 100% de ocupação.

Entre as entidades privadas, as taxas de ocupação em UTIs e enfermarias são de 59,29% e 47,6%, respectivamente. Os hospitais Uniclinic (oito leitos) e Otoclinica (12) apresentam 100% de ocupação em UTIs. No Hospital São Camilo, quatro dos 12 leitos de UTI estão ocupados, o que corresponde a 33,33%.

Até ontem, 99 pessoas estavam internadas no hospital Unimed Fortaleza, segundo o presidente Elias Leite informou em vídeo. 37 pacientes estão em UTI e 21 estão fazendo uso de respirador. Além disso, Leite informou que, entre meio-dia de sexta-feira, 27, e meio-dia de ontem, foram realizadas 15 altas e 12 internações no hospital.

Coordenador da clinica médica do Hospital Leonardo Da Vinci, o médico infectologista Lino Alexandre afirma que, com o aumento das internações na rede privada, a rede pública está de sobreaviso. Ele assegura que, caso seja necessário, o Da Vinci, referência estadual no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, está pronto para reativar leitos. 

"Torço para que não ocorra. Há também a necessidade de a população tornar-se mais responsável", afirma. O que mais o preocupa, de acordo com o médico, é o fato de ainda não existir uma medicação "100% eficaz" contra a doença.

Um aumento de novos casos de Covid-19 tem sido observado de forma contínua nas últimas semanas, na Região de Saúde de Fortaleza — que engloba a Capital e outros 43 municípios, incluindo os da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Da mesma forma que ocorreu no início da pandemia, em março, esse incremento não se restringe mais aos bairros de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Fortaleza, como a regional II, e já apresenta dispersão pela cidade. 

"Considero um alerta, porque na primeira vez aconteceu desse jeito", afirma o médico.

Com informações portal O Povo Online

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