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15 de dezembro de 2020

Vice-presidente disse que também está "angustiado" e quer "ser vacinado, mas vamos aguardar"

 

Mourão disse que na sua visão "vai levar um ano vacinando" (Foto: Evaristo Sá)

Ainda sem data para vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse ontem (14/11) que também está "angustiado" para receber a vacinar o quanto antes, ao falar sobre cautela. "Também estou angustiado. Quero ser vacinado, mas vamos aguardar", afirmou.

O governo federal apresentou na última semana o plano nacional de vacinação, com a previsão dos grupos a serem vacinados e número de doses, mas sem data de início e fim da vacinação. No último domingo (13/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou que o governo apresente as datas em um prazo de 48 horas.

"Acho que está precipitado. Mais uma vez, está uma discussão muito polarizada. Não é só a vacina, tem que colocar a seringa, eu tenho que ter pessoal especializado distribuído em todo território. Então, na minha visão, você tem um dia 'D', aí você tem que dizer quanto tempo precisa para colocar esse material todo em condições. (...) Vamos lembrar que as principais agências certificadoras do mundo não deram certificação para nenhuma vacina ainda", afirmou.

O vice-presidente ainda questionou a aquisição da CoronaVac, que já foi feita pelo estado de São Paulo. "Quem comprou a CoronaVac? Nenhum país comprou, está todo mundo comprando Pfizer ou outras aí. Então, vamos aguardar, né, gente?", pontuou.

O governo de São Paulo, João Doria (PSDB), é adversário do presidente Jair Bolsonaro e a questão da CoronaVac se tornou política e ideológica, por ser produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Diferentemente do que disse Mourão, contudo, dois países adquiriram a CoronaVac, além da própria China: Turquia e Indonésia. 

"A compra vai indo de acordo com a produção dessas vacinas. Vai se comprar tudo que tiver de ser comprado, não tenha dúvidas. Na minha visão, vai levar um ano vacinando, e já vi estudos de que tem que ser dois anos para poder realmente controlar a doença", afirmou o vice-presidente.

Com informações portal Correio Braziliense

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