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26 de junho de 2021

Brasil foi o país que mais perdeu milionários, aponta pesquisa

As informações fazem parte de um estudo que reúne dados da OCDE e Credit Suisse (Foto: Divulgação/CS)

Em 2020, o Brasil foi o país que mais perdeu milionários, com uma queda de 22% em comparação ao ano anterior. Isso representa a diminuição de mais de 81.000 milionários. Logo atrás está o México, em segundo lugar, com uma perda de 17. 000 milionários. No outro lado da moeda, os Estados Unidos foi o país que alcançou a maior marca no número de milionários, com um aumento de mais 2 milhões de afortunados.

As informações fazem parte de um estudo divulgado pelo portal CupomValido, que reuniu dados da OCDE e Credit Suisse sobre a distribuição de riqueza no Brasil e no Mundo.

No último ano, a moeda brasileira chegou a desvalorizar quase 40% perante ao Dólar. Uma queda maior que as moedas de países que estão em crises, como o Peso (da Argentina), e a Lira Turca (da Turquia). Esta desvalorização é o principal fator que explica a diminuição no número de brasileiros considerados milionários. No Brasil, o número total que representa aqueles com patrimônio acima de U$1 milhão passou de 75.000 para 294.000, uma queda de aproximadamente 22%.

No Brasil, a parcela dos 1% mais ricos detém 47% de toda a riqueza do país. Em escala mundial, essa média é de 43%. Dentre todos os países, o Japão é onde há a menor concentração. Os 1% mais ricos detém 18% da riqueza.

Enquanto isso, mais de 70% da população brasileira tem um patrimônio menor que R$50.000. Na faixa acima, 27% possuem um patrimônio entre R$50.000 e R$500.000. E por fim, 3% possuem valores acima de R$500.000.

Comparando com a média mundial, 58% da população tem patrimônio menor que R$50.000. Isso quer dizer que, 32% possuem um patrimônio entre R$50.000 e R$500.000. E 10% possuem valores acima de R$500.000. Esses números são o retrato da desigualdade econômica e social que representa o Brasil.

O Coeficiente ou Índice de Gini é um dos principais indicadores utilizado para medir a desigualdade de renda em determinado grupo, podendo o número variar de zero a um. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição de renda de um país e quanto mais perto de um, mais desigual é a economia. No Brasil, a atual concentração de renda medida pelo índice de Gini é de 85%. O valor máximo do índice é de 100%.

A pesquisa divulgada pelo IBGE em 2020, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de todas as fontes 2019 demonstrou que a concentração de renda caiu em quase todas as grandes regiões brasileiras, sendo o menor índice no Sul (0,467) e a maior redução no Norte (de 0,551 para 0,537). Enquanto no Nordeste, a alta na desigualdade cresceu, passando de 0,545 para 0,559.

Segundo o Enfoque Econômico publicado em maio de 2020 pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), no Ceará, a desigualdade do rendimento médio real de todos os trabalhos cearenses apresentou, entre 2012 e 2014, tendência de redução. No entanto, a partir de 2015 passa a crescer continuamente, alcançando um Índice Geni de 0,547, em 2019, superior ao Nordeste (0,531) e o Brasil (0,509).

Considerando o comportamento do indicador no Nordeste, houve um aumento em relação ao ano anterior (2018) voltando ao mesmo patamar de 2017, enquanto no Brasil, manteve-se constante entre 2018 e 2019.

Com informações portal O Povo Online

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