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24 de agosto de 2021

Vice-governadora representa o Ceará no Fórum Nacional dos Governadores

 

A vice-governadora Isolda destacou compromisso do Ceará para defesa da democracia (Foto: Reprodução/Facebook)

A vice-governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), participou de uma das reuniões mais tensas entre governadores desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nela, chefes de Executivo estaduais pediram agenda com o presidente já na semana que vem para tratar da crise institucional que ameaça relações entre os poderes. Participaram do encontro realizado ontem (23/08), parte virtual, parte presencial, 25 gestores.

Representando o governador Camilo Santana (PT) Izolda afirmou que os governadores fizeram "encaminhamentos no sentido de abrir espaços importantes de diálogos com o presidente da República ou quem ele designe".

Entre os pontos de destaque da pauta, estava o pacto em torno do "fortalecimento do compromisso de todos os dirigentes para a defesa da democracia e a melhoria do ambiente institucional brasileiro".

Bolsonaro vem ameaçando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos dias, notadamente Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que apura ataques contra o sistema eleitoral e a integridade dos membros do Judiciário.

Na sexta-feira da semana passada, o presidente apresentou um pedido de impeachment do magistrado ao Senado. O pleito, contudo, deve ser rejeitado. Para Bolsonaro, Moraes atuou de maneira imparcial ao incluí-lo nos processos de que é relator.

Além de mandar investigar Bolsonaro, o ministro também autorizou operações da PF que prenderam o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e, dias depois, executaram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao cantor Sérgio Reis.

Para tentar evitar escalada de hostilidades no país, a vice-governadora do Ceará disse também que o pedido de mais entendimento entre atores políticos se estende ainda aos "presidentes da Câmara, Senado e STF, no sentido de que esses canais de diálogos, sempre importantes, possam vir ao encontro das melhores soluções para o país".

A pedetista, no entanto, não comentou as advertências feitas pelo chefe do Executivo paulista, que, na conversa com governadores, alertou para um processo de "bolsonarização" das PMs e chamou a atenção para o movimento articulado por apoiadores do presidente previsto para o feriado de 7 de setembro.

Nessa segunda-feira, Doria afastou um comandante da PM de São Paulo depois que o oficial se manifestou nas redes sociais e fez convocatória para atos pró-Bolsonaro no mês que vem. Em seguida, o governador advertiu colegas de outros estados para esse risco, de modo que possam se antecipar a eventuais problemas do tipo em seus governos.

Horas depois, em documento enviado ao comando da PM ontem, o Ministério Público no Distrito Federal pediu informações sobre movimentação da tropa para o dia 7/9. Entre os citados pelo órgão, está o coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Ceará, Davi Azim, que publicou vídeo nas redes chamando para o ato.

Com informações portal O Povo Online

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