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29 de setembro de 2021

Tasso desiste de prévias tucana e declara apoio a Eduardo Leite

A saída do cearense do páreo foi oficializada ontem, em evento no Instituto Teotônio Vilela, em Brasília (Foto: Reprodução/Twitter)

O senador cearense Tasso Jereissati oficializou ontem (29/09), em evento no Instituto Teotônio Vilela, em Brasília, a saída das prévias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que escolherá do candidato da sigla à Presidência no ano que vemNo mesmo ato Tasso declarou apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Permanecem na dinâmica partidária o governador de São Paulo, João Doria, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, além de Eduardo Leite.

Pelas redes sociais, Tasso escreveu ontem (28/09) que "chegou a hora de o PSDB reativar o espírito da sua fundação", que, para ele, está representado "na candidatura de Eduardo Leite nas prévias do partido".

Segundo o senador, Eduardo Leite, de quem é próximo e cujas candidaturas já ajudou financeiramente, "representa dinamismo, juventude e força de vontade".

"O Brasil de hoje espera realmente uma coisa nova, um momento novo. E nós vemos na sua candidatura uma pessoa com todas as qualidades que o homem público tem para nos representar", posicionou-se Tasso, acrescentando: "Não sou candidato nas prévias do PSDB, mas isso não quer dizer que não estou na luta".

O tucano então assegurou que fará parte, mesmo ausente da corrida eleitoral, da construção de uma candidatura competitiva para 2022. E, mais uma vez, postulou que o nome de Leite reúne qualidades que o colocam numa posição de negociação mais vantajosa e aberta a outras forças políticas.

"Estou na luta com todos os companheiros por entender que a pessoa que representa o PSDB legítimo, histórico e o PSDB do futuro é o governador Eduardo Leite", concluiu.

Durante o evento, o ex-governador do Ceará chegou a fazer críticas ao Governo Federal. "O Brasil está numa rota de naufrágio em todos os sentidos. Todos os nossos valores se deterioraram", afirmou.

Em sua fala, Leite fez discurso moderado e assegurou que "o Brasil precisa não é de um terceiro polo de radicalização, mas de uma terceira via e um caminho alternativo", referindo-se indiretamente aos nomes de Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT).

Já esperada, a saída de Tasso consolida o tucano como fiador de um bloco que tenta criar alternativa dentro do PSDB ao governador João Doria. Conforme estimativas do senador, aproximadamente "80% dos diretórios da legenda" estão com ele ou Leite.

Doria, porém, detém amplo apoio das bancadas da sigla na Câmara e no diretório de São Paulo, o maior do Brasil e também um dos mais influentes. O chefe do Governo paulista conta ainda com a força da máquina do Executivo.

De acordo com tucanos, Doria teria mais dificuldade de agrupar outras legendas e atores políticos do que outros nomes tucanos, como Leite, fator que será determinante para a vitória de uma terceira via em 2022.

Com sua saída das prévias, Tasso praticamente se ausenta de disputa eleitoral no próximo ano, já que o parlamentar cearense já havia antecipado ao jornal "Metrópoles" que não deve concorrer à reeleição para o Senado.

Aos 72 anos, Tasso anunciou, logo após derrota em 2010, que se aposentaria e iria cuidar dos netos, mas voltou quatro anos depois, elegendo-se senador. Nos últimos anos, destacou-se sobretudo na votação do marco regulatório do saneamento e nas sessões da CPI da Covid, da qual faz parte como membro titular.

Com informações portal O Povo Online

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