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11 de abril de 2022

Evento reúne autoridades brasileiras nos Estados Unidos

Ciro Gomes foi um dos palestrantes no Brazil Conference em Harvard (Foto: Reprodução/Twitter)

O Brazil Conference, um evento organizado anualmente por estudantes brasileiros em Boston, nos Estados Unidos, ocorreu na tarde de ontem (10/04). Com o intuito de promover o encontro de líderes e representantes do país com a comunidade brasileira no exterior, o evento recebeu diversos nomes como Luis Roberto Barosso, do STF, e os pré-candidatos ao Planalto Simone Tebet (MDB), João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Eles discutiram temas como política, economia, cultura e sociedade.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso, disse que o papel dele na democracia é institucional e não político. “Meu papel é cuidar em defender as instituições”, disse. Para ele, a democracia tem sofrido em ambiente de populismo autoritário diante de um “mundo de desinformação”.

No ano anterior, a Corte sofreu ataques do chefe do Executivo e de perfis nas redes sociais. “Nós precisamos no Brasil, restabelecer o poder da verdade. Da verdade possível e plural dentro de uma sociedade aberta. Mas precisamos enfrentar esse mundo da desinformação, da mentira deliberada e das teorias conspiratórias”, disse. “A perda da capacidade de interlocução é o que leva a intolerância e leva a violência. Temos que aceitar até a verdade que não gosta”, completou.

A pré-candidata à presidência da República Simone Tebet disse que faz parte de um centro democrático, uma alternativa à polarização que as pesquisas de intenção de voto mostram. “Esse centro democrático tem apenas um objetivo, dar ao Brasil uma alternativa. Não é possível continuarmos com esta polarização ideológica, é preciso pacificar a política brasileira para termos estabilidade econômica, segurança jurídica e voltarmos a crescer. Gerar emprego, renda e tirar definitivamente o Brasil do mapa da fome, da miséria e da desigualdade social.”

A emedebista disse que os tempos atuais são “retrocessos” e que não é possível ficar omisso. “Sou da época em que fomos às ruas pedir por ‘Diretas Já’. Nesses 35 anos que nos distanciam deste período de chumbo, jamais pensei em chegar a ter que defender a democracia brasileira”, afirmou.

Ela ainda afirmou que seu partido, o MDB, o União Brasil e o PSDB decidirão por uma candidatura única. “Não está claro como será esta decantação em torno de um único nome e nem a disposição de todos os pré-candidatos de abrir mão em relação aos outros”, disse.

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República João Doria (PSDB) definiu sua agenda como “liberal social” para conversar com um eleitorado mais ao centro. “Antes de iniciar minha vida pública, há seis anos, eu era um liberal. Mas eu vi a dimensão real da pobreza quando assumi a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo”. Ainda no campo econômico, ele disse que, se eleito, vai promover as reformas administrativa e fiscal, além de complementar a previdência.

O tucano, que deixou o Palácio dos Bandeirantes em 31 de março para a corrida presidencial, anunciou que o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, irá coordenar a agenda econômica da campanha dele. Meirelles integrará uma equipe junto às economistas Ana Carla Abrão, Vanessa Rahal e Zeina Latif. Vale lembrar que Meirelles foi secretário da Fazenda do estado de Paulo durante a gestão Doria.

Além destes nomes, ele também contará com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSDB), na coordenação do programa de governo.

Em meio às especulações sobre quem será o vice nesta eleição, o pedetista afirmou que deve escolher a composição para a chapa apenas em julho. “Até lá, preciso incrementar meu poder e será derivado da força que eu tiver na opinião pública. Se tiver força grande na opinião pública, para vice preciso transigir menos, preciso defender com mais radicalidade o projeto”, disse.

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda ainda criticou os modelos econômicos adotados por Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. “Qualquer que seja a retórica é o mesmo modelo econômico: câmbio flutuante, meta de inflação. Quem tentou foi FHC. A política de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro foi a mesma, agravada por excrescência teórica que é o teto de gastos com status constitucional e idade congelada de 20 anos, como se fosse método de garantir sanidade fiscal", afirmou. "O Brasil fracassou em desenhar um plano de desenvolvimento econômico e social. São o modelo econômico e de governança política do Brasil que traz crise", completou.

"Bolsonaro está filiado no partido de Valdemar Costa Neto [PL] que vem a ser o cara a quem o Lula deu o DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], foi condenado e preso do mensalão. Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar e defende Bolsonaro, estava nos Correios no governo Lula", criticou.

Com informações portal Correio Braziliense

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