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3 de setembro de 2022

Lula, Ciro e Tebet condenam ataque a Cristina Kirchner; Bolsonaro diz lamentar

Cristina Kirchner saiu de sua residência e acenou rapidamente para seus apoiadores (Foto: Luis Robayo)

Candidatos à Presidência da República se manifestaram sobre a tentativa de homicídio sofrida pela vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, na noite da última quinta-feira (01/09). O agressor é um brasileiro de 35 anos, apontou a arma para o rosto de Kirchner, mas a pistola não disparou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de fascista o homem que tentou atirar contra a argentina. O petista afirmou que o "ódio político" é uma ameaça à democracia na América Latina. "Que o autor sofra todas as consequências legais", publicou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina. O chefe do Executivo afirmou que esse é um risco que todos correm e lembrou da facada sofrida na campanha eleitoral de 2018.

"Eu já falei que lamento. Apesar de não ter nenhuma simpatia por ela, não desejo isso para ela. Agora quando eu levei a facada o pessoal da esquerda ficou calado, né? Mas tudo bem. Nós temos coração, queremos o bem", disse o candidato à reeleição. "Lamento o ocorrido e espero que a apuração seja feita para saber se saiu da cabeça dele ou de alguém que, porventura, tivesse contratado ele para fazer aquilo", afirmou.

Diferentemente do que disse Bolsonaro, políticos de esquerda se solidarizaram quando ele levou uma facada na campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018.

Bolsonaro foi o último dos principais presidenciáveis a se manifestar sobre a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, e o fez ao ser provocado.

O governo brasileiro condenou a tentativa de assassinato de Cristina Kirchner 19 horas após o atentado ter ocorrido em Bueno Aires. "Governo brasileiro condena o injustificável ato de agressão contra a Vice-Presidente da República Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ocorrido na noite de ontem, 1º de setembro, em Buenos Aires. O Brasil repudia toda e qualquer forma de violência com motivação política e reitera seu invariável respaldo à irmã nação Argentina", informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

O candidato Ciro Gomes (PDT) prestou solidariedade a Cristina Kirchner e a chamou de "mulher guerreira". Ele, que se coloca como segunda opção de voto para Lula e Bolsonaro, escreveu: "Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio."

A candidata Simone Tebet (MDB) também condenou a violência política e pediu paz nas eleições brasileiras deste ano. "Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições", publicou.

Luiz Felipe d'Avila (Novo) disse no Twitter que o ataque a Kirchner é "absolutamente inaceitável". "A violência da cena impressionou a todos nós. Não há divergência ideológica que justifique ou normalize qualquer ato de violência", escreveu o candidato.

Soraya Thronicke (União Brasil) relembrou o episódio em que pediu, durante o debate na TV Bandeirantes, que reforçassem sua segurança na campanha. "Não é exagero", disse, comentando o ataque a Cristina Kirchner.

O candidato Leonardo Pericles (UP) enquadrou o ocorrido como parte de uma "escalada fascista" e convocou os eleitores para se manifestarem no dia 7 de setembro, em oposição aos atos marcados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A candidata Sofia Manzano (PCB) prestou "total solidariedade" à vice-presidente da Argentina.

O homem que tentou atirar em Cristina Kirchner, na noite de ontem, em frente à casa dela, em Buenos Aires, foi preso pela polícia argentina. Ele foi identificado como Fernando André Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos de idade. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o homem apontando uma arma para a cabeça da vice-presidente. É possível ouvir o barulho do gatilho, mas a arma não dispara. Ele, então, é rapidamente detido.

Com informações portal O Povo Online

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