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Elmano afirmou que não seria propriamente uma novidade se o PT apresentasse duas candidaturas majoritárias (Foto: Reprodução/Instagram) |
Em princípio, existe paralelo com o quadro hoje, embora o chefe do Abolição prefira adiar para o ano que vem qualquer conversa (pública, claro) sobre a formação da composição eleitoral. Mas aqui começam as diferenças entre lá e cá. A primeira delas: em 2022, Cid era um ator político importante, é verdade, mas relativamente ausente das costuras partidárias que resultariam na vitória de Elmano ainda no primeiro turno.
Logo, o sucesso do petista no pleito se deveu mais ao capital de Camilo do que à influência de Cid, que se recolheu na serra da Meruoca – o resto é história. É natural, portanto, que Elmano se veja em dívida em relação ao ministro da Educação, de quem é sucessor, e não quanto ao senador pessebista, com quem já manteve rusgas em torno de episódios conhecidos, a exemplo da escolha do novo presidente da Assembleia.
O
nó da equação governista
Retome-se agora a frase que o governador proferiu: não seria um problema que o PT lançasse candidato ao Executivo e ao Senado em 26, como defende, por exemplo, o deputado federal José Guimarães, ele mesmo interessado em postular a senatorial. É já uma posição oficial compartilhada por Elmano, ou seja, ele entende que o seu partido pode ocupar espaços mais vantajosos na aliança? Não diria isso. Mesmo não sendo ainda, contudo, o dito tem peso no xadrez.
O que fica das palavras do gestor estadual é a leitura segundo a qual o petista vai se empenhar para assegurar a coesão de sua base, na qual Cid é peça importante, mas as demandas do senador não devem se impor sem resistência – tampouco o governador considera novos recuos no horizonte, como fez na querela envolvendo o comando da Alece, quando cedeu para não ampliar o desgaste que poderia se abrir com o aliado.
Roberto
Cláudio sobre Elmano
Ainda em conversa com a coluna, o ex-prefeito Roberto Cláudio se mostrou entusiasmado com a perspectiva de encampar as forças opositoras na disputa eleitoral, sobretudo tendo como plataforma uma coalização resultado da federação entre União Brasil e PP, máquina mais robusta do que a legenda brizolista pela qual concorreu em 2022.
Questionado sobre o cenário para a corrida, RC gracejou: "O governo Elmano achava que ia vencer por WO". A brincadeira diz respeito aos movimentos mais recentes do Abolição, que tentava embaralhar o jogo dentro do terreno adversário, ou seja, o União Progressista, alvo de investidas palacianas nas últimas semanas. Quanto a isso, o ex-gestor de Fortaleza parece seguro – a nota divulgada por Capitão Wagner foi enfática em relação à postura de oposição do UB no Ceará.
Izolda
para o Senado?
Nos
Estados Unidos desde o início do ano, Izolda Cela (PSB) e Veveu Arruda cumprem
atividades acadêmicas na Universidade de Stanford, mas sem deixar de acompanhar
a política cearense. À coluna, Veveu garantiu que ambos têm "projeto
político para 2026", sem entrar em detalhes. Ex-governadora, Izolda é
sempre cotada para desempenhar funções de proeminência na base, seja como
candidata à Prefeitura de Sobral, como foi de fato em 2024, seja como potencial
nome para o Senado Federal no próximo pleito.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
Leia também:
Elmano diz que 'não seria novidade' PT disputar tanto governo
como Senado
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