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16 de agosto de 2025

Ciro fala como candidato ao Governo pela primeira vez em 2025

Ciro evitou cravar se deve deixar de fato o PDT e se filiar ao PSDB  (Foto: Fred Magno)

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) falou como candidato ao Governo do Estado pela primeira vez desde que seu nome passou a ser apontado com potencial concorrente à sucessão de Elmano de Freitas (PT) em 2026.

“Pode dizer, tem lá o Ciro, tem lá o Roberto Cláudio (entre nomes cotados). Eu, por exemplo, voto no Roberto, está mais novo. Mas cada um tem que assumir o compromisso de fazer o que for necessário fazer”, discursou nesta sexta-feira, 15, durante da festa de aniversário de 50 anos do ex-prefeito de Fortaleza.

Questionado se deve postular o Abolição, o ex-ministro declarou que é “um homem de luta” e que “a tarefa agora é unir todos os cearenses”.

Ao lado de deputados estaduais e federais do PL e do União Brasil, a exemplo de Silvana Oliveira, André Fernandes, Jaziel Pereira e Sargento Reginauro, Ciro admitiu que “não é fácil superar nossas diferenças”.

“Nós somos de grupos diferentes, temos histórias diferentes, caminhadas diferentes, mas se amamos o Ceará verdadeiramente, temos de enfrentar, à luz do dia, na frente do nosso povo, e tentar ou resolver ou colocar de lado colocar nossas diferenças para que possamos salvar o Ceará”, declarou.

Além da bancada bolsonarista ou de direita, também estiveram presentes na agenda os parlamentares do PDT que fazem oposição a Elmano, entre os quais Queiroz Filho.

Ainda no PDT, Ciro evitou, no entanto, cravar se deve deixar de fato o partido e se filiar ao PSDB ou se vai continuar na agremiação trabalhista.

O Ferreira Gomes chegou a ser provocado a falar sobre a reunião que teve com o ex-ministro Carlos Lupi no dia anterior, mas também se esquivou de tratar do assunto diretamente. Dentro do tucanato local, o retorno do ex-presidenciável à sigla social-democrata é considerado como certo. A intenção é apresentá-lo para a briga pelo governo ano que vem.

Mas Ciro foi cauteloso em relação ao tema. Sem descartar sua saída, mas tampouco confirmá-la, lembrou que é vice-presidente nacional do PDT e criticou suposta tentativa de tomar o partido, levando-o para a base petista no estado.

A esse respeito, Ciro fez duros ataques ao bloco governista, ao qual atribuiu investida para inviabilizar sua candidatura ao Abolição, reiterando disposição para entrar na corrida eleitoral.

De acordo com Ciro, toda a movimentação para acomodar o PDT no arco do bloco liderado pelo ministro Camilo Santana (Educação) e pelo prefeito Evandro Leitão, por exemplo, teria a intenção de dificultar o lançamento do seu nome ao Executivo.

Por suas respostas na coletiva ou depois, a um e outro interlocutor, não ficou claro, todavia, se o pedetista estaria decidido a desembarcar da agremiação ou se pretende continuar nas fileiras trabalhistas, travando queda de braço interna por espaço num momento em que o PDT se inclina a apoiar Elmano e Evandro.

No mesmo dia em que se encontrou com Ciro, por exemplo, Lupi, que é dirigente nacional pedetista, também manteve rodada de conversa com vereadores da legenda, dando aval para o grupo seguir com as tratativas com as gestões petistas.

A reportagem do O POVO tentou contato com Carlos Lupi para comentar declarações de Ciro Gomes, mas não houve retorno até o fechamento da matéria.

Publicado originalmente no portal O Povo +

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