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A família Bolsonaro durante ato em prol da anistia dos golpistas realizado em abril, na avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Miguel Schincariol) |
Já na esfera da política, explicitaram-se as disputas, as desconfianças, as intrigas, os desprezos entre membros do grupo. Aí se comprovou o quanto é uma gente sem cultura, elegância, inteligência, educação ou respeito. Nenhuma surpresa, mas nunca ficara tão escancarado.
Um pessoal que se diz defensor da família, da religião — e que assim enganou um bando de incautos — estar com essa conversa e com tal nível de tratamento. Não é por falar palavrão, é a falta de respeito. Até com o pai. Ficou também muito nítido que trabalham pelos interesses deles e só. Ninguém mais importa, nem os aliados. Usam os muitos apoiadores em nome de interesses próprios. Eles defendem, sim, a família. Aquela que usa o sobrenome Bolsonaro.
Não fosse o fanatismo e a irracionalidade de tantos seguidores, a revelação significaria uma enorme perda de apoio. Mas, sabe como é, releva-se tudo, mesmo com a exposição de vísceras malcheirosas.
A
pachorra do Eduardo
Ao se manifestar sobre o assunto, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve a audácia de dizer que jamais teve intenção de interferir em processo judicial, mas em buscar anistia pelo Congresso Nacional. Ora mais, anistia de que, Pedro Bó, se não em relação à iminente condenação em processo judicial?
Se não era para coagir os julgadores, por que a lei Magnitsky foi aplicada contra Alexandre de Moraes? Por que outros ministros são ameaçados? Por que os vistos foram cassados? Por que Eduardo compartilhou a informação do aliado, Paulo Figueiredo, de que delegados da Polícia Federal poderão ser sancionados? Isso é para pressionar o Congresso pelo perdão?
Coitados
Pobres inocentes úteis do 8 de janeiro. Quantos discursos foram feitos em defesa da cabelereira, da moça do batom. No fim das contas, Eduardo deixa claro não ter o menor interesse em “enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto”. São buchas usadas como argumento para sensibilizar inocentes.
O
papel de Malafaia
Quanto ao pastor Silas Malafaia, alvo de operação, ele reagiu indignado: “Eu sou um líder religioso. Eu não sou um bandido nem um moleque”. Bem, o que se vê nas conversas não é um líder religioso, mas um articulador político.
Aliás,
líder religioso com aquele linguajar de alcoice?
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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