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| Por determinação do ministro Moraes não foram registradas imagens da prisão de Bolsonaro (Foto: Vinícius Schmidt) |
A decisão de Alexandre de Moraes não ocorre em um vácuo; ela responde a uma escalada de movimentos calculados. A convocação de Flávio Bolsonaro para uma aglomeração em frente à residência do pai possui, segundo a PF, a evidência de uma barreira humana. No contexto policial, multidões e tumultos são cenários ideais para facilitar uma fuga planejada. Cria-se o caos urbano para permitir a evasão, o que é uma tática militar reconhecida.
A apenas 15 minutos de uma embaixada estrangeira e prestes a enfrentar a condenação de 27 anos, o "risco de fuga" deixou de ser uma mera hipótese jurídica e tornou-se uma operação em curso, conforme sugeriu a PF.
É importante analisar a consistência do modus operandi. O bolsonarismo demonstra, mais uma vez, que, quando encurralado pela lei, não busca defesa técnica, mas a fuga para a fronteira mais próxima. Alexandre Ramagem, atualmente em Miami, assim como Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, não estão no exterior por turismo, mas para se esquivarem da aplicação da lei penal, como a PF bem apontou. Bolsonaro tentava seguir o mesmo caminho de impunidade traçado por seus aliados, frustradas as tentativas de recursos jurídicos e anistia política.
Portanto,
não se trata de criminalizar a oração ou a reunião pacífica, mas de evitar que
a fé seja usada como escudo para a evasão de um condenado. A conversão da
prisão domiciliar em preventiva é a resposta firme do Estado, que afirma: quem
ignora as restrições domiciliares e flerta com embaixadas perde o privilégio de
cumprir pena em casa.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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