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17 de janeiro de 2014

O dia que movimentou o cenário eleitoral do estado

Lançar um candidato próprio, manter a aliança com os Ferreira Gomes, apoiar o senador Eunício Oliveira (PMDB) rumo ao governo ou se dividir em mais de um palanque? O Partido dos Trabalhadores (PT) tenta equilibrar pesos para definir como estará alinhado com as disputas eleitorais no Estado em 2014. 

A visita ao Ceará do presidente do PT Nacional, Rui Falcão, ontem, aconteceu em um momento importante de definições locais e nacionais. 

Quando o assunto é a reeleição de Dilma, o grupo fala em uníssono. No entanto, quando se trata da posição do PT nas eleições desse ano, os petistas terão de se ajustar entre a influência da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e do deputado federal José Guimarães.

A ex-prefeita defende candidatura própria do PT ao Governo do Ceará, e aliança apenas em caso de segundo turno. A justificativa dela é de que, simbolicamente, ocupar o governo significaria mostrar que o partido possui posição e projeto político. Já Guimarães prefere manter a aliança com Pros e PMDB e ter o PT disputando uma vaga ao Senado. Ele destaca estratégia de fortalecer a bancada petista do senado, elegendo quatro novos senadores no Nordeste.

Os dois principais partidos que formam a aliança pró-governo, PMDB e Pros, não dão sinais de convergência. Pelo contrário, enquanto o governador Cid Gomes (Pros) adia a decisão sobre seu sucessor, Eunício já se apresenta como postulante ao cargo.

Rui Falcão afirma que o diretório do PT só terá uma decisão sobre o cenário após o que eles chamam de “Encontro de Tática”, ainda sem data definida. “Se (o diretório) optar por outro partido, acabou a candidatura própria. Se o PT decidir pela candidatura própria, podemos ter até palanque triplo”, afirma Rui.

“O principal elemento para se definir – em minha opinião – é nossa aliança com o governador (Cid), que fez um gesto importante ao romper com o governador Eduardo Campos”, destacou o presidente.

Entre críticas à suposta existência de corrupção no governo Cid e afirmações de que os irmãos Cid e Ciro Gomes “passarão a perna em Eunício”, Luizianne defendeu a existência de três palanques para Dilma para evitar o desgaste de o PT ter de decidir entre dois aliados nacionais. “Na eleição da Dilma, estaremos todos apoiando; para o Ceará, é outra coisa”, diz a ex-prefeita.

“Continuo defendendo a aliança. No que depender do PT, vamos trabalhar para termos um palanque amplo, não é palanque duplo nem palanque triplo”, rebateu o deputado José Guimarães, provável postulante ao Senado. “Como o presidente (Rui) falou as grandes lideranças do PT são a Luizianne e eu. Nós vamos ter de nos acertar internamente”, frisou Guimarães.

Com informações O Povo Online

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