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18 de julho de 2014

Deputado Júlio César Filho pode ter registro negado pelo TRE

No final do prazo de impugnações a coligação “Para o Ceará Seguir Mudando”, encabeçada pelo candidato ao governo Camilo Santana (PT), deu entrada a cinco ações de impugnação do registro de candidatos proporcionais da aliança encabeçada por Eunício Oliveira (PMDB).

A alegação é que houve irregularidades nas convenções de partidos coligados a Eunício que definiram candidatos a governador, vice, senador e deputados estaduais e federais e, caso sejam acatadas, podem tornar diversos parlamentares inelegíveis. 

Segundo Sérgio Aguiar (Pros), as impugnações ocorrem, pois alguns partidos, mesmo tendo realizado convenções em apoio à chapa do Pros, mudaram de orientação poucos dias após os eventos. “Precisaríamos ver se há algum vício legal nas atas (...) a presença de membros da base causa uma preocupação, mas estamos decididos a dar um rumo forte para a eleição”.

O deputado Danniel Oliveira (PMDB), articulador de Eunício na Assembleia, rejeita qualquer irregularidade nas convenções. “Os deputados estão revoltados, até porque muitos deles faziam parte de um sentimento próximo ao lado de lá (de Cid). Agora, não sei se vai continuar”, diz o deputado Danniel Oliveira.

Entre os prejudicados, está o próprio vice-líder do governo Cid na Assembleia, Júlio César Filho (PTN), os deputados estaduais Téo Menezes (DEM), Ely Aguiar (PSDC), Bethrose (PRP) e Idemar Citó (DEM), todos aliados de Cid na Assembleia. Moroni Torgan (DEM), que chegou a anunciar possível apoio a Camilo mesmo após seu partido firmar aliança com o PMDB, também é atingido pela ação.

“Isso só mostra que precisa existir uma reforma política (...) quando vem uma decisão de cima, do partido, você fica sem o poder de escolher. Veja só, como o vice líder do governo vai ficar sem poder apoiar o governo?”, diz Bethrose. Nos bastidores da Assembleia, muitos deputados classificaram como “desnecessária” ação da base, principalmente por ter movido ações contra coligações pequenas e repletas de aliados, como do PTN/PSDC/PPS.

Confiram a situação dos deputados que podem ficar sem registros.

Júlio César Filho (PTN) -  Filho do ex-deputado e ex-prefeito de Maracanaú Júlio César Costa, o deputado estadual é vice-líder de Cid na AL. Mesmo assim, teve candidatura impugnada pelo Pros.

Teo Menezes (DEM) -  Para se manter aliado de Cid, tentou trocar seu antigo partido, o PSDB, por outras legendas da base cidista. Após ser vetado no PSD, acabou no DEM, que hoje integra chapa de Eunício.

Bethrose (PRP) -  É esposa do ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Walter Júnior. De atuação discreta, a deputada estadual sempre teve postura de votar junto com a base cidista da Assembleia.

Moroni Torgan (DEM) - Participou de reuniões do Pros e chegou a afirmar, após o DEM declarar apoio a Eunício, que aliança era “formal” e que ele poderia apoiar candidato de Cid. Apesar disso, é alvo de ação.

Ely Aguiar (PSDC) - Apesar de declarar apoio aberto a Eunício, sempre teve postura de defesa da atual gestão na Assembleia.

Idemar Citó (DEM) - Apesar de ter simpatia à candidatura de Tasso Jereissati ao Senado, é outro deputado que sempre acompanhou a base cidista na Casa.


Com informações O Povo Online

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