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3 de dezembro de 2014

Eunício bate de frente com Camilo e promete barrar nova CPMF

No primeiro ato concreto de oposição ao governador eleito Camilo Santana (PT), o senador Eunício Oliveira (PMDB) posicionou-se ontem contra o movimento encampado pelo petista pela volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). 

Candidato derrotado pelo petista em outubro passado, Eunício prometeu agir contra a proposta. Por tabela, o peemedebista acaba confrontando os outros governadores petistas eleitos no Nordeste - que articularam a proposta para recriar o tributo. E também colide com a presidente Dilma Rousseff (PT), que, na última sexta-feira, 28, em Fortaleza, teria dado aval à mobilização.

“A CPMF é um dos piores impostos que existe, é perverso, pois atinge inclusive a população mais pobre, hoje em dia praticamente todo mundo precisa usar de serviços bancários. Além disso, quando atinge todas as operações financeiras, é inflacionário uma vez que vai parar no custo das empresas e das mercadorias”, disse o senador.

Eunício diz que, enquanto ele for líder do PMDB no Senado, a população “pode ficar tranquila” que “não haverá” volta do tributo. Para melhorar situação fiscal, o peemedebista defende austeridade e prioridade nos gastos públicos, além do controle sobre desperdícios.

“Aumentar imposto é a solução mais fácil, difícil é cuidar do dinheiro dos trabalhadores”, argumentou.

Tributo que vigorou em 1994 e, depois, de 1997 a 2007, a CPMF era cobrada automaticamente sobre quaisquer transações bancárias. Após sucessivas prorrogações, a contribuição deixou de ser cobrada em 2007, após a proposta de mais uma renovação não obter os votos necessários no Senado. Agora, governadores petistas do Nordeste articulam “ressuscitar” o tributo, de olho em aumentar financiamento para a saúde.

Em reunião com Dilma em Fortaleza na última sexta-feira, 28, Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI) apresentaram proposta de articulação pela volta do imposto à gestora. A ideia é levar a ação para encontro de governadores do Nordeste ainda neste mês.

A articulação para a volta da CPMF também motivou ontem debates no Legislativo estadual. “Vejo essa mobilização como promissora, importante e positiva para nós que queremos uma saúde pública melhor”, disse Lula Morais (PCdoB). Apesar de defender importância dos gastos na saúde, Carlomano Marques (PMDB) disse que “metade do problema” na área é de má gestão. Ele disse que volta do imposto seria “extorquir a população”.

Já o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) afirmou que a volta da CMPF seria agir “na contramão” do interesse da população.

Com informações O Povo Online

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