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Apenas José Airton Luizianne e Guimarães seguiram a orientação do Governo na votação IOF (Foto: Reprodução/Instagram) |
Entre os cearenses na Câmara, o placar foi 17 a 3. Os que se posicionaram para derrubar o aumento foram 5 vezes e meia os que ficaram a favor da posição de Lula. Aliás, ao lado do governo mesmo só ficaram, no Ceará, os três deputados federais do PT no Ceará: José Airton Cirilo, José Guimarães e Luizianne Lins.
Dos 17 contrários, só quatro foram de deputados federais assumidamente de oposição: André Fernandes (PL), Danilo Forte (União Brasil), Dayany Bittencourt (União Brasil) e Dr. Jaziel (PL).
Foram 11 votos — metade da bancada — de deputados teoricamente da base:
AJ
Albuquerque (PP)
André
Figueiredo (PDT)
Domingos
Neto (PSD)
Enfermeira
Ana Paula (Podemos)
Fernanda
Pessoa (União Brasil)
Júnior
Mano (PSB)
Leônidas
Cristino (PDT)
Mauro
Benevides (PDT)
Nelinho
Freitas (MDB)
Robério
Monteiro (PDT)
Yury
do Paredão (MDB)
Até parlamentares do PDT, um partido que — a despeito dos problemas no Ceará — costuma ser muito fiel ao presidente, ficaram em peso contra Lula. Os quatro votos do partido no Estado foram para revogar a decisão. Até de Mauro Filho, que é vice-líder de Lula, posicionou-se contra. Nacionalmente, todos os parlamentares pedetistas que participaram ficaram contra o ato do Poder Executivo.
Os outros dois votos foram de parlamentares cuja postura entre ser base ou oposição não é tão evidente: Matheus Noronha (PL) e Moses Rodrigues (União Brasil).
Célio Studart e Luiz Gastão (ambos do PSD) não votaram.
O Ceará é um dos estados em que o cenário é mais favorável a Lula. A representação, na teoria, é amplamente pró-governo, o governador é petista e tem a única capital administrada pelo partido. O principal líder político na atualidade é o ministro Camilo Santana (PT). Se, mesmo assim, a posição em peso é contra o Planalto entre os parlamentares cearenses, é bom os articuladores abrirem o olho.
Pretendente
ao Senado
O único deputado federal cearense do PSB também se posicionou para revogar o decreto. Trata-se de Júnior Mano, que foi eleito pelo PL, mas foi expulso no ano passado por fazer campanha para Evandro Leitão (PT) no 2º turno da eleição para prefeito de Fortaleza, contra André Fernandes (PL).
Mano se filiou então ao PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele tem sido apontado pelo senador Cid Gomes como a opção do partido para candidatura ao Senado no próximo ano. O posicionamento é usado como argumento contrário, principalmente por aqueles que querem emplacar Guimarães como concorrente ao posto.
Mais
gente da base
De
fato, se o critério for a fidelidade em relação ao IOF, as opções entre os
aliados vão se restringir ao PT. Eunício Oliveira (MDB), que também almeja uma
das duas vagas, está licenciado do mandato de deputado federal. Mas os dois
deputados do MDB em exercício, Nelinho Freitas e Yury do Paredão, engrossaram
fileiras pela derrota governista. Um deles é o suplente que assumiu durante a
licença de Eunício. O outro era mais um filiado ao PL que foi expulso por, na
época, “fazer o L” em foto ao lado de ministro.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
Leia também:
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