Professores do Estado fecham avenida em Fortaleza - foto Leonardo Heffe |
Aproveitando os desfiles
do dia da Independência, o Sindicado dos Professores e Servidores do Estado do
Ceará (Apeoc) realizou, na manhã de ontem, a Marcha da Educação pela Paz,
paralelamente aos desfiles que ocorriam na Avenida Beira Mar. A categoria reivindica
a aplicação do piso salarial e sua repercussão na carreira.
Centenas de professores e
caminharam pela Avenida da Abolição, da avenida Barão de Studart até o Clube
Náutico Atlético Cearense, fazendo percurso de inda e volta.
Protestando contra o governador
Cid Gomes (PSB), os grevistas usavam camisas pretas nas quais se lia: “Cid,
ilegal é você. Respeite a educação”, ironizando a alegação de ilegalidade da
greve. No fim do desfile oficial, na Beira Mar, manifestantes chegaram a entrar
no percurso oficial e protestar diante das autoridades, como o vice-governador
Domingos Filho (PMDB).
Amanhã ocorre nova
assembleia, que decidirá se a greve continua ou não. O desembargador Emanuel
Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Estado, decidiu que o movimento é
ilegal e determinou o retorno às aulas. Para o magistrado, a paralisação teve
início antes de esgotadas as negociações.
“Esgotamos o processo de
negociação, que foi quebrado por parte do governo”, protestou o presidente da
Apeoc, Anízio Melo. O sindicato recorreu da decisão.
Mas o movimento não é
unanimidade entre a categoria. Sem ver sinais de avanços nas negociações, José
Gilardo, professor das Escolas Estaduais José Maria Pontes e Hermínio Barroso,
disse estar cansado. “Participei de todas as manifestações, mas não há avanços.
Não quero ser usado como massa de manobra pelo sindicato”.
Para encerrar a greve, a
categoria quer que o governador Cid Gomes assine Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) com o Ministério Público, para garantir o cumprimento dos
compromissos assumidos. O Governo só admite assinar o TAC após o fim da greve.
Na sexta-feira, o comando
de greve irá realizar assembleia geral, no Ginásio Aécio de Borba, para decidir
se continuarão em greve.
Anísio espera que, até lá, o governador assine o TAC.
Com informações O Povo
Online
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