3 de maio de 2024

Docentes da Uece recusam proposta para encerrar greve

Professores professoras da Uece em assembleia (Foto: Raquel Lima)

Professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) recusaram encerrar a greve em uma assembleia realizada na tarde de ontem (02/05). Na votação dos 284 docentes presentes, 235 votaram pela manutenção da paralisação, rejeitando a proposta apresentada pelo Governo do Estado.

A proposta foi apresentada pelo executivo estadual na terça-feira passada, dia 30 de abril. Diante da recusa de 82,74% categoria em aderir à proposta, os docentes seguem com as reivindicações ao Governo.

Na última segunda-feira, 30, foi realizada uma reunião para negociação que contou com a presença de Miguel Brás, representante do Governo, dos deputados Guilherme Sampaio (PT) e Missias Dias (PT), além do Sindicato de docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece), Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (Sindiuva) e Sindicato dos e das Docentes da Universidade Regional do Cariri (Sindurca), dirigentes sindicais das três universidades estaduais do Ceará.

O professor Nilson Cardoso, presidente do Sinduece, afirmou que a proposta apresentada pelo governo não foi unilateral, mas construída pelos três sindicatos da categoria. Segundo Nilson, a categoria rejeitou terminar a greve por não “enxergar um ganho imediato ou mesmo um plano de recomposição das perdas salariais”. O docente ainda diz que a negociação foi até onde conseguiu tirar benefícios, entretanto lembra que os docentes querem uma reposição imediata.

Na proposta do Governo está a aprovação do Projeto de Lei, que trata das ascensões, ampliação em 25% do quadro de cargos e ampliação da carreira, trazendo a classe Titular acessível por meio de promoção, a partir de 2026.

Entre as reivindicações financeiras, além dos 10% de ganho para plano de cargos e carreiras com a integração do Titular, haverá concessão de abono, com pagamento único no mês de dezembro/2024, alcançando efetivos, aposentados e professores com vínculo temporário.

A categoria diz que tem perdas salariais de 37,5%, portanto a proposta seria inviável para receber um aceite, alegando também a ausência de um cronograma de recomposição salarial. A assembleia definiu a construção de um contraproposta que deve ser apresentada ao Governo do Estado.

A greve dos docentes da Universidade teve início no dia 4 de abril, sendo aprovada em assembleia convocada pelo Sinduece no dia 27 de março.

No mesmo dia, docentes da Universidade Regional do Cariri (Urca) também haviam deflagrado greve. Já a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) aderiu à paralisação no dia 4 de abril. No dia 20 de março, o Governo do Estado tinha oferecido um reajuste de 5,62% para os servidores em 2024.

Uma das reivindicações dos grevistas é a suposta carência de docentes que a Universidade teria, mesmo após a instituição ter realizado concurso para o preenchimento de um quadro de cadastro de reserva.

De acordo com o sindicato da categoria (Sinduece), a situação piorou com a não renovação dos contratos dos professores temporários. Segundo o sindicato, desde agosto de 2023 são feitos alertas em relação ao problema.

Com informações portal O Povo +

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