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| Em 2026, 54 das 81 cadeiras do Senado Federal estão em disputa (Foto: Waldemir Barreto) |
São inúmeros candidatos ao Senado que comemoram as pesquisas de intenção de voto. Eles dizem que estão liderando ou bem-posicionados. A inocência pode ser intencional ou infantil. Não sei qual das duas prevalecem. Mas ambas estão presentes entre variados candidatos à Câmara Alta.
Em 2026, candidatos concorrerão a 54 das 81 cadeiras do Senado Federal. A alguns meses da eleição, partidos começaram a se articular para a disputa e nomes já se lançaram como pré-candidatos
Peço, que todo pretenso senador, relegue a intenção de voto e veja com muita atenção nas pesquisas quantitativas, quantos eleitores declaram não saber em quem votar para senador. Outro ponto: Governadores competitivos tendem a eleger senadores.
É fenômeno raro, candidatos conquistarem o cargo de senador solitariamente. Candidatos competitivos ao governo explicam o sucesso eleitoral de candidatos ao Senado.
Dois novos componentes irão caracterizar a vindoura eleição para o Senado em 2026. O primeiro: A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em determinar que só o Procurador Geral da República (PGR) pode pedir impeachment de ministros do STF.
Por um lado, o ministro Mendes sufocou a democracia, retirou direitos dos brasileiros e brasileiras. Por outro, o referido integrante do STF reagiu às frequentes ameaças advindas de variados atores contra ministros da Suprema Corte.
O ministro Gilmar Mendes enviou recado claro para os políticos, em especial, aos pré-candidatos ao Senado: O STF ou parcela do STF não admitirá competidores que ameacem a instituição. Como a Alta Corte punirá esses competidores? Não sei. Todavia, o recado foi dado e terá efeito, ou seja, diálogo entre partidos, Senado e STF ocorrerá.
O recado também desencorajará políticos a seguirem criticando o STF e ameaçando ministros da Corte. Se antes, teríamos candidatos ao Senado defendendo na campanha eleitoral impeachment de ministros do STF, prevejo que não mais teremos, pelo menos, tão intensamente.
Será muito difícil candidatos de outros partidos, em especial do centrão, receberem o apoio do presidente Lula para o Senado. Novamente, estou diante de uma reação, desta vez, do PT e do presidente da República. Como Jair Bolsonaro e a oposição declarada ao lulismo desejam eleger muitos senadores para pressionar o STF e um possível novo governo do PT, Lula só apoiará candidatos da sua extrema confiança e de partidos de centro-esquerda.
Não prevejo que candidatos ao Senado de partidos do centrão, como PP e União Brasil (estes fazem oposição declarada ao governo Lula), e em especial no Nordeste, estejam em chapas que concorram ao governo do Estado e que possuam o apoio dedicado do PT e do presidente da República.
A
não ser com raras exceções. E não vislumbro que candidatos solitários ao
Senado, sem o apoio de competidores competitivos ao governo, sejam eleitos.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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