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| Ceará Científico é a principal ação de incentivo à pesquisa e à inovação nas escolas da rede pública cearense (Foto: Daniel Galber) |
A etapa estadual do Ceará Científico 2025, iniciativa de incentivo à pesquisa em escolas da rede pública do estado, começa nesta quinta-feira, 4. O evento acontece no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, e segue até esta sexta-feira, 5. Ao todo, 259 projetos de 611 estudantes, provenientes de 187 escolas de 100 municípios cearenses, foram inscritos no evento.
A mostra é organizada pela Secretaria da Educação (Seduc), do Governo do Estado. Neste ano, os trabalhos foram orientados pelo tema geral da Seduc em 2025: “Educação Ambiental, Sustentabilidade e Emergência Climática”. O foco é “Saberes científicos em tempos de crise climática global”.
O concurso é realizado em três etapas: escolar, regional e estadual. A abertura do evento contou com a presença do governador Elmano de Freitas (PT) e da secretária de Educação, Eliana Estrela.
“Cada projeto apresentado é um tijolo na transformação da vida de vocês. [...] Significa construir, dentro da própria escola, uma consciência ambiental, articulando a comunidade escolar com a comunidade do entorno e desenvolvendo iniciativas que ajudam essas comunidades”, declarou o governador Elmano.
A titular da Seduc também parabenizou os alunos. “Temos projetos superinteressantes. Todas e todos estão de parabéns pelas pesquisas, pelas descobertas científicas, pelos talentos e por tudo o que vocês constroem no dia a dia”.
Yasmin
Tremembé é aluna do 3º ano da Escola Indígena Brolhos da Terra, de Itapipoca.
Ela apresenta o projeto “Medicina Tradicional Tremembé como caminho para a
sustentabilidade e a preservação ambiental”. Ela explica que o trabalho se
baseia na relação entre ancestralidade e cuidado com o território.
Já os estudantes Ítalo Rabelo, 17, e Mariana Evelyn, 16, são alunos da EEFM Aloysio Barros Leal, localizada no bairro Barroso, de Fortaleza. Eles apresentam o projeto “Sequestro de CO₂: Uma alternativa sustentável para a redução do efeito estufa”. Por meio de um painel solar, eles acionam uma bomba que captura ar atmosférico e remove o CO₂, devolvendo o ar purificado.
“A gente pensa em utilizá-lo nas salas de aula e, talvez, em maior escala, usá-lo também fora da escola, nas comunidades”, afirma Ítalo.
Segundo Mariana, o projeto também busca conscientizar moradores da região próxima ao antigo aterro sanitário do Jangurussu. Na região, é comum a incidência de queimadas de lixo. “Somos pequenos diante do problema. Mas, se conseguirmos colocar esse projeto em prática, poderemos usá-lo para conscientizar outras pessoas”, diz.
Apesar de não participar como expositor este ano, o aluno Lucas Cavalcante, 17, aluno do 3º ano da EEEP Antônio Rodrigues de Oliveira, de Pedra Branca, conta como a iniciação científica mudou sua trajetória.
Em 2024, ele desenvolveu o projeto “Filtro Mineral de baixo custo, para o tratamento de água, feito a partir do reaproveitamento ecológico dos rejeitos do granito ocre da indústria de rochas ornamentais”.
Lucas apresentou o projeto em diferentes estados e, neste ano, conquistou quatro premiações na Febrace, maior feira de ciências e engenharias do país. “Quero incentivar outros jovens a entrarem no mundo da ciência, porque acredito que a educação tem o poder de transformar vidas, assim como transformou a minha”, afirma.
Selo
Escola Sustentável
Durante
o evento, também foram premiadas as escolas com o Selo Escola Sustentável, que
reconhece ações e projetos pedagógicos de destaque na educação ambiental e na
sustentabilidade.
Neste ano, participaram do Selo três grupos. A premiação é de R$ 10 mil para cada escola que conquistar o 1º lugar em seu respectivo grupo, totalizando três escolas premiadas. As demais escolas participantes recebem certificação.
Escolas vencedoras (1º lugar):
Centros
de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs): CEJA Guilherme Gouveia (CREDE 4)
Escolas
Estaduais de Educação Profissional (EEEPs): EEEP Lúcia Helena Viana Ribeiro
(CREDE 9)
Escolas Estaduais de Ações Afirmativas: Escola Quilombola Antônia Ramalho da Silva (CREDE 9)
Selo Escola Sustentável
Durante o evento, foram premiadas as escolas com o Selo Escola Sustentável, que reconhece ações e projetos pedagógicos de destaque na educação ambiental e na sustentabilidade.
Neste ano, três grupos participaram da iniciativa. A premiação foi de R$ 10 mil para cada escola que conquistou o 1º lugar em seu respectivo grupo. As demais escolas participantes receberam certificação.
Escolas vencedoras:
Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas): Ceja Guilherme Gouveia (Crede 4)
Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs): EEEP Lúcia Helena Viana Ribeiro (Crede 9)
Escolas Estaduais de Ações Afirmativas: Escola Quilombola Antônia Ramalho da Silva (Crede 9)
Realizado pela Seduc, desde 2007, o Ceará Científico iniciou-se como Feira de Ciências e a partir de 2016 passou a ter o formato atual
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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