20 de junho de 2010

Viabilidade das candidaturas ao Governo do Estado


Tasso Jereissati, Cid Gomes e Lucio Alcântara


Dirigentes, parlamentares e militantes do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) aguardam o senador Tasso Jereissati anunciar, amanhã, como prometido, o nome do tucano que disputará o Governo do Estado. Nos próximos dias, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) também decidirá se será candidato a governador.

O Partido Verde (PV) é outro que ainda vai decidir se lançará um dos seus filiados para disputar a sucessão estadual, sob a alegação de viabilizar um palanque no Estado para a candidata a presidente do partido, a senadora Marina Silva (AC). Embora não oficializadas, até agora só duas candidaturas ao Governo do Ceará estão postas: a de Cid Gomes (PSB) e da Soraya Tupinambá (PSOL).

Como candidaturas, definidas às vésperas do fim do prazo das convenções partidárias, teriam viabilidade? Os cientistas políticos Valmir Lopes e Danyelle Gonçalves apresentam pontos de vistas distintos em torno desta questão. Enquanto Valmir diz que, no caso do PSDB, somente a candidatura do senador Tasso Jereissati teria viabilidade junto ao eleitorado, Danyelle argumenta que não apenas o momento de definição é suficiente, mas também a história e trajetória política do candidato são apresentados durante a campanha.

Patética

Para Valmir Lopes, uma candidatura do PSDB, lançada às vésperas do fim do prazo para realização das convenções partidárias, soa como patética. Segundo ele, a agremiação aderiu a uma administração (Cid Gomes) que utiliza as mesmas práticas políticas e econômicas de seus governos (Tasso, Ciro e Lúcio). Para ele, fica complicado, depois de três anos e meio, os tucanos construirem um discurso de oposição.

"Não vejo viabilidade. No caso do PSDB, acho mais grave ainda porque eles vão criticar o quê? O modelo político é o mesmo, prestaram apoio administrativo na Assembleia Legislativa, em que eles irão se diferenciar do atual governo? É meio patético". Lopes justifica sua linha de raciocínio citando que, o exemplo que o PSDB pretende seguir, foi repetido, há três anos, pela senadora Patrícia Saboya (PDT), uma das principais entusiastas da campanha de Luizianne Lins (PT) à Prefeitura de Fortaleza em 2004, mas que faltando um ano para as eleições de 2008, saiu do PSB para o PDT, a fim de viabilizar uma candidatura à Prefeitura de Fortaleza e assumir um discurso de oposição à petista.

"Eu, particularmente, acho muito oportunismo você agora tecer críticas a administração. Você não tinha aqui, um lugar de oposição constituído", colocou, citando que o PT, nos governos tucanos de Tasso, Lúcio e Ciro preenchia tal espaço.

O acadêmico fala, inicialmente, que os únicos políticos com legitimidade para um discurso de oposição a Cid Gomes são justamente o ex-governador Lúcio Alcântara e os deputados estaduais Heitor Férrer (PDT) e Adahil Barreto (PR). No entanto, em relação ao primeiro, Valmir não acredita que uma nova empreitada de Lúcio ao Palácio Iracema se torne uma candidatura competitiva.

"O Lúcio como candidato? Que perdeu na condição de governador, candidato à reeleição, com o apoio de um bloco de partidos, perde da forma como perdeu. Imaginar que um candidato desses é competitivo? Definitivamente não é. A situação não alterou. Se alterou foi para pior em relação a ele", ressaltou, pelo fato de Lúcio ter poucas opções de coligação e não ter apoio de qualquer máquina administrativa.

Para Valmir Lopes, o único nome que poderia fazer frente a Cid Gomes seria o do senador Tasso Jereissati, que já foi governador do Estado por três oportunidades e guarda uma boa relação com o eleitorado, principalmente o do Interior. "Agora, uma candidatura para bater, para fazer frente, (o PSDB) não tem. A única pessoa que pode fazer é o próprio Tasso. Você teria uma disputa de peso. Você dificilmente terá um disputa desse nível se realizando. Acho que o próprio Tasso não tem muito interesse, a não ser na sua própria candidatura como senador", colocou.

Variedades ao eleitor

Já a professora Danyelle Gonçalves apresenta ponto de vista distinto do colega de UFC. Segundo ela, a legitimidade de uma candidatura não se constrói somente com o anúncio dela, mas também com outras questões. De acordo com a pesquisadora, a legitimidade de uma postulação também é construída com base "nas trajetórias e no uso que se faz delas, pelos apoios recebidos, e, em alguns casos, pelos apoios não recebidos e essa se faz também durante o próprio período eleitoral", ressaltou.

Ela coloca ainda que a credibilidade de um candidato pode ser construída e (ou) reforçada quando a campanha ganhar mais as ruas, "ainda que seja verdade que ela já está em parte nas ruas. Do ponto de vista eleitoral, é interessante pensar que o eleitor terá mais possibilidades de escolha. Eleição plebiscitária é um desserviço ao debate e à democracia", ressaltou ao criticar o fato de que a eleição no Ceará poderia, não fosse a reação tucana, ter apenas Cid Gomes como candidato.

Do Diário do Nordeste

3 comentários:

  1. o ceará esta precisando urgente de um governante pra acabar com a violência que esta fora de controle apesar de tantos milhões gasto na minha opinião onde não deveria a violência esta em toda as ruas e já chegou aos municípios exemplo de campos sales e outras cidades do cariri. é isso ai.

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  2. O nome do candidato tucano ao governo do Estado que seria anunciado hoje foi adiado pata amanhã, o senador Tasó vai se reunir com lideranças partidárias para defini-lo.
    É igual a Vice de Serra ninguém quer.

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  3. Eliomar de Lima publicou hoje no seu Blog que o anúncio da candidatura do PSDB ao Governo do Estado pode ser adiado, segundo ele os tucanos ainda tem esperanças de retorno.
    Oh bando de cabras frouxos.

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