24 de dezembro de 2021

Ministério da Saúde vai recomendar vacinação de crianças com prescrição médica

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o novo contrato com a Pfizer prevê a entrega de 100 milhões de doses  (Foto: Myke Sena)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou, na noite de ontem (23/12), que o governo federal irá recomendar autorização da vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos de idade com a vacina da Pfizer desde que estas tenham prescrição médica para tomar o imunizante. A novidade veio no mesmo dia em que a pasta abriu uma consulta pública para avaliar a inclusão do grupo pediátrico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus.

“O documento que vai ao ar (na consulta pública) é um documento que recomenda o uso da vacina da Pfizer nessa versão aprovada pela Anvisa. A nossa recomendação é que essa vacina não seja aplicada de forma compulsória. Ou seja, depende da vontade dos pais. Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina. E essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece todas as orientações da Anvisa”, disse Queiroga.

Em outro momento, o ministro indicou a necessidade da assinatura de um termo de consentimento para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. “Nós estamos aqui deixando as famílias tranquilas para que eles possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos após a orientação do médico e a assinatura de um termo de consentimento livre esclarecido”, completou.

A orientação do Ministério da Saúde foi disponibilizada para consulta pública da sociedade civil, que poderá opinar sobre a recomendação. Segundo Queiroga, uma vez aprovada a orientação da pasta em avaliação final, prevista para acontecer em 5 de janeiro, a aplicação de doses neste grupo acontecerá "em curto prazo”.

"Esperamos as contribuições da sociedade, mas de antemão deixar todos tranquilos que uma vez decidida pela aprovação dessa regra, que o grupo da Secovid trabalhou, nós já temos condições de começar essa vacinação dentro de uma prazo bastante curto", disse, sem indicar quando prevê o início da aplicação deste grupo.

Segundo o ministro, o tempo entre a aprovação final da vacinação das crianças e o início da campanha "é tempo suficiente para que as salas de vacinação se preparem para a aplicação”.

Ao aprovar a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a necessidade da elaboração de material e treinamento para evitar erros na vacinação, já que a vacina da farmacêutica utilizada neste público pediátrico é diferente do imunizante já usado em adultos e adolescentes no país.

Queiroga ainda informou que o novo contrato do Ministério da Saúde com a Pfizer, assinado em novembro, que prevê a entrega de 100 milhões de doses, inclui vacinas para todas as faixas etárias inseridas na campanha de vacinação contra a covid-19 do Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Apesar de adotar uma postura para "tranquilizar" as famílias, hoje mais cedo o cardiologista indicou, mais uma vez, não ter pressa para começar a vacinação deste grupo já que "os óbitos em crianças estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais”. A fala foi duramente criticada por governadores e parlamentares.

"Os óbitos em crianças estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia e da efetividade", disse o ministro à jornalistas.

Com informações portal Correio Braziliense

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2 comentários:

  1. Opinando-se aqui apenas como leigo no assunto, não se vislumbra a princípio nenhuma outra razão para se retardar o início da vacinação de crianças no país, senão razão política.

    A Anvisa aprovou a vacina e recomendou apenas que os profissionais de saúde fossem treinados para ministrarem a vacinação infantil.

    Por sua vez, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI COVID-19), em decisão unânime, emitiu parecer parecer científico favorável à vacinação de crianças de 5 a 11.

    Nesta quinta-feira, após o anúncio dado pelo ministro Queiroga de que o governo federal autorizará a aplicação de vacinas em crianças apenas sob prescrição médica, a CTAI COVID-19 divulgou nota cobrando que o Ministério da Saúde “acate o posicionamento obtido por unanimidade” em favor da vacinação de crianças.

    E para complicar ainda mais a vida do titular da pasta da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em conformidade com a Anvisa e a CTAI, em carta divulgada nesta sexta-feira (24/12), rejeitou a obrigatoriedade de receita médica para a vacinação de crianças contra a Covid-19, desse modo, os Estados não exigirão receita para vacinar crianças.

    Como se sabe, as decisões e posicionamentos da Anvisa e da CTAI são alicerçados em fundamentos exclusivamente técnico-científicos emitidos por especialistas, não havendo pois motivo, a não ser de caráter político, para se ignorar as orientações desses especialistas.

    Sejam quais forem as razões alegadas para se procrastinar a campanha de vacinação de crianças no país, nada, absolutamente nada poderá se sobrepor à defesa da vida e à preservação da saúde do povo, sobretudo no Brasil onde a “Covid já matou mais crianças do que outras doenças com vacina em 15 anos”. [FONTE: https://noticias.uol.com.br]

    O direito à vida e à saúde há de prevalecer sempre sobre quaisquer outros direitos ou pretensões por mais importantes que sejam.

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  2. Decerto seu trabalho no blog é de excepcional qualidade. Parabéns. Outrossim, amante da Mitologia Grega, pesquisador e estudioso há 53 anos, e admirador de sua página sobre este assunto, noto, naquela, uma mistura de assuntos sem conexão com o título da página, colocando a credibilidade da mesma em risco iminente; também é perceptível a infiltração de perfis fakes corroborando minhas suspeitas de prejuízos à página. Desta forma, coloco-me à sua disposição para, se lhe aprouver, ajudar na melhor qualificação e/ou organização da supra citada página. No aguardo de seu contato, cordiais abraços.

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