2 de maio de 2023

No Dia do Trabalhador Centrais defende aumento real do salário mínimo

Manifestação de 1º de maio em Fortaleza (Foto: Fernanda Barros)

Centrais sindicais realizaram, nesta segunda-feira, 1º de maio, um ato no bairro Pirambu, em Fortaleza, para marcar o Dia do Trabalhador. Manifestantes carregaram cartazes em defesa da valorização do salário mínimo e contra a Taxa do Lixo em Fortaleza.

Houve críticas ao prefeito José Sarto (PDT) e pedidos de revogação da cobrança sobre resíduos sólidos, cuja primeira parcela e a cota única venceram na última sexta-feira, 28 de abril. A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) entrou com ação na quinta-feira, 27, apontando que haveria inconstitucionalidade na taxa.

"Ele (Sarto) disse em rede nacional de que a Taxa do Lixo seria cobrada somente para os ricos. Muito pelo contrário, a Taxa do Lixo está sendo cobrada de maneira em geral na sociedade. Aqui mesmo no grande Pirambu tem gente recebendo boleto de R$ 300, de R$ 182 e isso pra nós é um absurdo e nós vamos continuar denunciando", afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, Will Pereira.

Em relação ao salário mínimo, os sindicalistas comemoraram o anúncio feito na véspera pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que enviará ao Congresso Nacional, nos próximos dias, projeto de lei para tornar obrigatório o reajuste do salário mínimo acima da inflação. O petista deve assinar ainda a medida provisória (MP) para instituir o salário mínimo de R$ 1.320 este ano. Outro anúncio foi do reajuste da faixa de isenção do imposto de renda de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00. Lula prometeu, até o fim do mandato, elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil.

Também houve críticas à taxa de juros de 13,75% por ano. A mobilização acontece às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá se mantém ou altera o índice.

Outros movimentos sindicais trouxeram bandeiras específicas das categorias, como o Piso Nacional da Enfermagem e o piso do Magistério. Para a presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Ceará (Fetamce), Socorro Pires, o ato foi a oportunidade de reforçar as lutas em discussão.

"Hoje a nossa principal bandeira de luta é pela revogação das medidas antipovo, é pela reconstrução dos direitos da classe trabalhadora, em defesa de todas as formas de vida, da liberdade, de oportunidade, pela vida das mulheres e, principalmente, em defesa dos serviços públicos", afirmou a dirigente da federação.

Participaram do ato deputados e vereadores de esquerda. A pauta política também se concentrou em críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "É o primeiro ato onde a gente está tentado redemocratizar e reconstruir o país, do desmonte que a gente passou durante esses quatro anos de governo Bolsonaro", afirmou a vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida (PT).

A vereadora de Caucaia Enedina Soares (PT) destacou como indispensável a discussão sobre valorização do salário mínimo. "Transformar em algo permanente, independentemente de quem seja o presidente, é uma importante conquista. Precisamos ainda discutir fortemente os juros altos", destacou.

Com informações portal O Povo +

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