5 de novembro de 2023

No Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino, atos contra guerra tomam as ruas de cidades em todo o mundo

Milhares de pessoas se reúnem na Marcha Nacional pela Palestina em Washington (EUA) e pedem um cessar-fogo (Foto: Win MCNamee)

O Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado neste sábado (4), está sendo marcado por atos contra a guerra em diversas cidades do mundo. Manifestantes lotaram as ruas de cidades como Londres, Paris, Berlim, cidade do Kuwait, Oslo, Joanesburgo e Washington.

Em comum, os atos mobilizam a solidariedade internacional contra os ataques de Israel contra a Palestina. A Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou neste sábado (4) um comunicado em que afirma que o "povo palestino corre grave risco de genocídio".

O cerne da questão árabe-israelense é a forma como o Estado de Israel foi criado, em 1948, com inúmeros pontos não resolvidos, como a esperada criação de um Estado árabe na região da Palestina, o confisco de terras e a expulsão de palestinos que se tornaram refugiados nos países vizinhos.

A decisão pela criação dos dois estados foi tomada no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e aconteceu sem a concordância de diversos países árabes, gerando ainda mais conflitos na região.

Ao longo das décadas seguintes, a ocupação israelense nos territórios palestinos – apoiada pelos Estados Unidos –  foi se tornando mais dura, o que estimulou a criação de movimentos de resistência. Foram inúmeras tentativas frustradas de acordos de paz e, na década de 1990, se chegou ao Tratado de Oslo, no qual Israel e a Organização para Libertação da Palestina se  reconheciam e previam o fim da ocupação militar israelense.

O acordo encontrou oposição de setores em Israel – que chegaram a matar o então premiê do país – e de grupos palestinos, como o Hamas, que iniciou sua campanha com homens-bomba. Após a saída militar israelense das terras ocupadas em Gaza, ocorreu a primeira eleição palestina, vencida pelo Hamas (2006), mas não reconhecida internacionalmente. No ano seguinte, o Hamas expulsou os moderados do grupo Fatah de Gaza e dominou a região.

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou sua maior operação até então, invadindo o território israelense e causando o maior número de mortes da história do país, 1,4 mil, além de fazer cerca de 200 reféns. A resposta israelense vem sendo brutal, com bombardeios constantes que já causaram a morte de milhares de palestinos, além de cortar o fornecimento de água e luz, medidas consideradas desproporcionais, criticadas e rotuladas de "massacre" e "genocídio" por vários organismos internacionais.

Com informações portal Brasil de Fato

Confira outras imagens:

 

 Manifestante empunha a bandeira palestina em fonte na cidade de Berlim (Alemanha) - Odd ANDERSEN / AFP


Apoiadores da causa palestina se reúnem durante um evento para mostrar repúdio à guerra em Dakar (Senegal) / GUY PETERSON / AFP

Manifestantes marcham pela Palestina em frente ao Parlamento nacional, em Oslo (Noruega) / Heiko Junge / NTB / AFP

Na Cidade do Kuwait, manifestantes seguram chaves, que representam as casas abandonadas pelos palestinos em fuga dos ataques de Israel / Yasser Al-Zayyat / AFP

Protesto na estação de Charing Cross, em Londres (Reino Unido), pede cessar-fogo de Israel / JUSTIN TALLIS / AFP

Participante de ato em Joanesburgo (África do Sul) segura cartaz com a frase "Dinheiro dos EUA é dinheiro sujo de sangue" / Marco LONGARI / AFP

Menino segura cartaz com os dizeres "Palestina Livre" durante protesto em Milão (Itália) / GABRIEL BOUYS / AFP

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