3 de dezembro de 2020

47% dos exames para Covid-19 no Ceará dão positivo

 

Os números são da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Foto: Reprodução/Facebook)

Nas últimas duas semanas, quase metade das pessoas que fazem exame para Covid-19 no Ceará estão infectadas. A taxa de positividade dobrou entre as semanas epidemiológicas (SE) 47 (15 a 21 de novembro) e 48 (22 a 28 de novembro), saindo de 22,94% para 45,26%. Na semana atual (29 de novembro a 5 de dezembro), 47,57% dos exames realizados têm resultado positivo (1.235). É a maior taxa de diagnósticos positivos desde o início de junho, quando o índice foi de 53,16%. O aumento da positividade nos exames indica que a circulação do novo coronavírus cresceu no Estado.

Os números são da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O ápice na taxa de positividade foi atingido entre o final de abril e início de maio, quando 79,36% dos exames deram positivo para o novo coronavírus. Com a estabilização e posterior diminuição no número de novos casos por dia, a taxa chegou a 3,58% entre 27 de setembro e 3 de outubro.

Conforme Carlos Roberto Martins Rodrigues, o dr. Cabeto, secretário da Saúde do Estado, o incremento na taxa de positividade de exames no Ceará tem sido puxado por Fortaleza. Em vídeo publicado nesta terça-feira, 2, o médico explica que 80% dos novos casos são de pacientes com menos de 50 anos, fora da faixa etária de risco. Por isso, o aumento de casos não é acompanhado de aumento significativo nos óbitos e internações.

"A população tem assistido números crescentes de positividade nos testes de RT-PCR. Ou seja, a pesquisa nasal que faz a busca ativa do vírus. Isso ocorre em paralelo e concomitante ao aumento no número de casos. Geralmente, em população mais jovem", disse.

O secretário destacou que a rede de saúde estadual tem trabalhado na ampliação de leitos destinados aos pacientes com Covid-19 há mais de três semanas. É devido ao aumento de casos que o decreto estadual de isolamento social não tem avanços há mais de um mês, conforme dr. Cabeto.

A epidemiologista Lígia Kerr, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), analisa que "o aumento tem sido mais lento do que da primeira vez". Ela detalha que, neste segundo momento, mais pessoas já foram expostas ao vírus. "Houve crescimento grande em bairros que tinham sido menos afetados da primeira vez. Principalmente, a região da Aldeota onde começou, mas conseguiu fazer distanciamento e controlar. Esse aumento era bem previsível", avalia.

Apesar de não estar subindo exponencialmente, o crescimento observado é importante. "Eu já não diria que é só um surto. Surto é quando é localizado. Já está espalhando em Fortaleza. Provavelmente, o próximo passo será o crescimento de internações no SUS", afirma.

Com informações portal O Povo Online


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