25 de julho de 2021

Defesa das eleições em 2022 entra na pauta das manifestações

Oito quarteirões da Avenida Paulista em São Paulo foram ocupados pelo ato de ontem (Foto: Reprodução/AFP)

Fechando uma semana politicamente tensa, marcada pelas ameaças do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, de que eleições sem voto impresso não seriam aceitas em 2022 - reveladas pelo Estadão - e pela chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) à Casa Civil da Presidência, partidos de oposição e grupos ativistas fizeram ontem, por todo o País, a quarta manifestação contra o governo em dois meses. Segundo os organizadores, houve protestos em mais de 300 cidades, entre elas 19 capitais.

Sob o título #24JContraBolsonaro -, eles pediram o impeachment do presidente e criticaram a gestão da pandemia, a alta do preço dos alimentos e defenderam as eleições de 2022. Em São Paulo, o ato ocupou parte da Avenida Paulista e foi menor e mais disperso que os anteriores.

Todos os 15 quarteirões da avenida foram fechados para carros, mas os manifestantes se dividiram em bolsões entre os 8 quarteirões entre a Consolação e a rua Pamplona. Onze carros de som estavam estacionados em pontos estratégicos.

À noite, alguns manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar. A PM informou em seu Twitter que algumas pessoas quebraram vidros de uma agência do banco Itaú e tentaram tirar tapumes da frente de uma concessionária da Hyundai, na Consolação. A Tropa de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo.

Além dos protestos em São Paulo, destacaram-se os feitos no final da manhã no Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife. No Rio, os grupos se concentraram junto ao Monumento a Zumbi dos Palmares, ocupando ao longo de 300 metros as pistas da Avenida Getúlio Vargas. No principal carro de som, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) pediu a prisão de Bolsonaro "por negligência na condução do combate à pandemia". Segundo ele, ,o presidente "não pode apenas ser tirado da Presidência, tem de ir para a cadeia". Em Brasília, os manifestantes se reuniram no meio da tarde no Museu Nacional e dali marcharam para a Esplanada dos Ministérios.

Em Salvador, o protesto reuniu algumas centenas de pessoas, sob chuva fraca em alguns momentos, entre 10 da manhã e 12h30min. No Recife, a concentração começou às 10 horas, na região central da cidade, onde além das bandeiras dos partidos de esquerda havia outras do Brasil, de Cuba e da Palestina.

"Essa é a vontade do povão, o Bolsonaro vai pra prisão", dizia um dos cartazes. Houve ainda manifestações em São Luís, onde os manifestantes contaram com a companhia do grupo Evangélicos pelo Fora Bolsonaro - e em Maceió, Vitória, Fortaleza, Aracaju, João Pessoa, Natal, Teresina, Belém, Palmas, Goiânia, Campo Grande, Florianópolis e Porto Alegre.

No interior de São Paulo, em cidades como Campinas, Sorocaba, Bauru e Jundiaí, os manifestantes voltaram a protestar pedindo mais vacina, auxílio emergencial de R$ 600 e cobraram dos parlamentares o impeachment contra o presidente.

Com informações portal O Povo Online

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