30 de agosto de 2021

Chegou a vez dos adolescentes

Ana Nefertiti (16 anos) foi vacinada no Shopping Iguatemi em Fortaleza (Foto: Thais Mesquita)

O jornal O POVO acompanhou a vacinação da faixa etária de 17 a 12 anos nesse fim de semana, no Centro de Eventos e no Shopping Iguatemi em Fortaleza. E a melhor cena para descrever o sentimento é a seguinte: uma menina de casaco verde claro rodopia no estacionamento do Iguatemi enquanto admira o cartão de vacinação. Depois da volta de felicidade, uma corrida para alcançar a mãe, já à frente.

"Foi uma ansiedade imensa. Quando eu tava ali, eu comecei a ficar muito eufórica. É uma sensação incrível saber que a gente está 50% protegida", conta Ana Nefertiti, de 16 anos. "No final do ano vai ser só alegria, imunizada total", comemora o pai de Ana, João Gutemberg. Os adolescentes estão sendo vacinados com a Pfizer/BioNTech, que pede três meses de intervalo entre as doses. Assim, o final de 2021 será marcado pela segunda dose dos jovens.

"É uma dose de esperança", comemora Natália Almeida, 16. Ela, assim como todos os outros jovens com quem a reportagem conversou, confessou que a ideia de uma vacina só parecia próxima em 2022. Para a jovem, o sonho veio mais cedo: durante sábado e domingo, viu todos o círculo de amigos receber a primeira dose da Pfizer.

Mas além da esperança, vem também a revolta política. Não faltaram os adolescentes com blusas ou placas com os dizeres "Fora Bolsonaro" e "Defenda o SUS". Amanda Maria Pereira, de 16 anos, afirmou que levou a plaquinha para "manifestar revolta pela demora com os imunizantes para a população".

A manifestação veio com apoio do pai, Ibiapino Pereira: "Eu acho importante, porque a gente perdeu muita gente importante por causa da doença. Se as vacinas tivessem sido antecipadas, talvez não tivéssemos chegado a esse ponto." Sobre ver a filha finalmente vacinada, a voz de Ibiapino falhou um pouco por trás da máscara. "A vacina veio para dar mais vida para o povo", reforça. "Eu já tomei as minhas duas e agora é a voz dela. É muito bom."

Ainda, muitos jovens puderam ver os irmãos sendo vacinados no mesmo dia. Mateus Alves, 16, não conseguiu decidir se a emoção maior era receber a vacina ou pensar na irmã de 14 anos se vacinando hoje, 30 - mas tudo bem! O êxtase só demonstra como a vacinação é mais do que individual. "A vacinação é uma questão coletiva, né? Então a gente não deveria escolher individualmente se deve ou não vacinar, porque a vacinação só funciona se for todo mundo", explica o pai de Natália, Glauco Almeida, 51.

Segundo dados do IntegraSUS, plataforma da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), 44.474 adolescentes com 19 a 15 foram diagnosticados com Covid-19 no Ceará. Os dados foram atualizados às 19h12min do dia 28/8. Apesar da taxa baixíssima de letalidade entre essa faixa etária (em média 0,13%), é importante lembrar que a doença causada pelo Sars-Cov-2 pode deixar sequelas, incluindo: fadiga, fraqueza muscular, diabetes, depressão, ansiedade e déficit cognitivo.

Para os menores de idade, recomenda-se um acompanhante adulto e os seguintes documentos:

Cartão Nacional de Saúde (CNS), se possuir; Carteira de identidade ou RG (para os que não possuem RG, levar certidão de nascimento e outro documento com foto); CPF; Comprovante de agendamento e Comprovante de residência (o mais atual)

Com informações portal O Povo Online

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