23 de junho de 2025

Tasso articula filiação de Ciro Gomes ao PSDB de olho em 2026

Tasso Jereissati e Ciro Gomes podem voltar a integrar um mesmo partido (Foto: Aurélio Alves)

O ex-senador Tasso Jereissati trabalha para filiar o aliado Ciro Gomes ao PSDB de olho nas eleições de 2026. Ainda no PDT, o ex-presidenciável deve deixar a legenda brizolista para estar livre no ano que vem, seja para concorrer ao Governo do Estado ou ao Palácio do Planalto.

Presidente estadual tucano, o prefeito Ozires Pontes confirmou que o ex-senador está à frente dessa articulação em torno do embarque de Ciro. "Quem está cuidando disso é o Tasso Jereissati com o presidente nacional do PSDB e ex-governador Marconi Perillo. Tem tudo para dar certo", antecipou Pontes em conversa com O POVO.

Entusiasta da entrada de Ciro no tucanato cearense para postular o Abolição, o prefeito, que comanda o município de Massapê, disse que abre mão "da presidência do PSDB porque entendo que ele tem de vir e tem de ser o presidente, porque tem um projeto político para o Estado do Ceará".

"Estou firme e forte ao lado do Ciro. Faz muito tempo que o Ceará tem eleições fáceis, com oposição enfraquecida. Tasso está com a vitalidade de um menino. Essa dupla tem muita saúde e responsabilidade com o Estado", acrescentou.

De acordo com o gestor tucano, o movimento entre prefeitos no interior cearense se intensificou desde que se abriu a possibilidade de ingresso de Ciro no PSDB para brigar pelo Executivo estadual. "Está todo mundo ligando do interior para entender como vai ser isso", continuou, "todo mundo está querendo votar no Ciro. O pessoal não quer mais o PT. A direita está querendo Ciro Gomes".

Além do apoio local, Ciro contaria também com a chancela de Perillo, dirigente nacional da sigla social-democrata. O POVO apurou que a liderança tem feito gestos internos em favor da filiação do pedetista à agremiação. A intenção é começar a construir uma alternativa eleitoral para 2026.

Embora não haja qualquer decisão encaminhada, a recente adesão do PDT à base do governador Elmano de Freitas (PT) estreitou os espaços do Ferreira Gomes na legenda trabalhista.

Sem comando partidário ao lado dele, Ciro não teria força suficiente para viabilizar seu nome caso escolha postular o Governo ou a Presidência, já que, nacionalmente, o PDT também é parte do arco de sustentação de Lula.

O quadro se tornou ainda menos favorável depois da saída do ex-prefeito Roberto Cláudio do PDT para desembarcar no União Brasil, comandado por Antonio Rueda e no Ceará por Capitão Wagner, até então um desafeto de Ciro.

Voz isolada no PDT, já que os deputados estaduais trabalhistas devem migrar para outros partidos de oposição, a exemplo do PL, Ciro teria duas escolhas: ou permanecer na sigla à espera de que a executiva nacional sinalize com carta branca para mais uma candidatura; ou anunciar ida para uma força que lhe dê condições de voltar a brigar por mandato.

Publicamente, o ex-governador tem se mostrado pouco disposto a entrar mais uma vez nessa corrida nacional. Para o seu entorno, Ciro poderia considerar a hipótese de disputar a sucessão de Elmano de Freitas.

Publicado originalmente no portal O Povo +

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