16 de junho de 2020

Em entrevista na Band Bolsonaro volta critica números da covid-19

O presidente afirmou que "os números não são precisos" (Foto: Divulgação/YouTube) 

Enquanto o Brasil segue como um dos locais mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar dos números de infectados e de mortos pela covid-19 no país. Segundo ele, “os números não são muito precisos” e “obviamente não condizem com a realidade”.

O presidente afirmou que o não tem informações de que “qualquer pessoa tenha falecido por falta de UTIs ou respiradores”. Bolsonaro ainda destacou que o “governo federal abasteceu estados e municípios com recursos mais do que suficientes para que esse problema fosse atenuado”.

“Temos informações do Brasil todo de muita gente que falece de várias comorbidades e, entre elas, a covid, e entra na estatística como covid apenas. Isso não ajuda para que tenhamos uma numeração perfeita do que acontece, para que possamos tomar outras iniciativas”, comentou Bolsonaro durante entrevista à Band News nesta segunda-feira (15/6).

De acordo com o Ministério da Saúde, o país tem ao menos 888.271 pessoas diagnosticadas com covid-19, enquanto 43.959 já perderam a vida por conta da doença. Nas últimas 24 horas, foram 20.647 novos casos e 627 novos óbitos, segundo a pasta.

Na semana passada, o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, anunciou que a pasta vai alterar os critérios para a divulgação dos números. Na nova estratégia de contagem, serão informados apenas os novos registros de casos e mortes que acontecerem especificamente  na mesma data da publicação do boletim. Ocorrências de dias anteriores que forem confirmadas nas últimas 24h ficarão de fora da conta.

A plataforma ainda não foi lançada, mas Bolsonaro já disse que “a metodologia mudou e ajudou bastante”. “A nova forma, que foi muito bem feita pelo Pazuello, nós computamos os mortos naquele dia. As mortes de dias anteriores nós não descartamos, simplesmente computamos naqueles dias anteriores. A metodologia mudou e ajudou bastante. Baixou muito no Rio de Janeiro. Amazonas praticamente zerou. Roraima está bastante alto. A tendência é diminuir como um todo sim, estamos notando isso aí”, comentou.

Durante a entrevista, Bolsonaro reclamou de governadores e prefeitos que não quiseram conversar com ele em meio à pandemia “porque (o socorro financeiro da União) já estava garantido”. Ele também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que cabe aos gestores estaduais e municipais definir as políticas públicas de enfrentamento à pandemia.

“O STF, no meu entender, errou ao dizer que cada estado cuide da melhor maneira que lhe aprouver dessa questão. Tinha que ter uma orientação governamental. Eu poderia sim fazer um conselho de dois ou três representantes por estado, ficar de maneira permanente em Brasília, e ficar fazendo as políticas. Você pode ver a própria maneira de cada governador comprar respiradores mundo afora. Isso nao caiu muito bem, até porque a Polícia Federal está agindo, está encontrando problemas, e tem gente se complicando no tocante a isso.”

Bolsonaro ainda defendeu a utilização da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes. “Desde o começo, não é que eu apostei, eu tinha as informações de fora e de dentro do Brasil, que a hidroxicloroquina estava dando certo, de forma não comprovada cientificamente, e não tinha outra alternativa. Então eu joguei, nessa questão, baseado em dados, em números e em relatos médicos de pessoas que se curaram para atenuar esse problema. Teve governador e teve prefeitos também que simplesmente proibiram a administração desse medicamento, e não apresentaram alternativa”, disse.

Com informações portal Correio Braziliense

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