8 de novembro de 2016

Camilo responsabiliza Governo Federal por possível colapso hídrico

O governador Camilo Santana (PT) responsabilizou o governo federal pela demora das obras de transposição do Rio São Francisco, uma das principais esperanças do Ceará para o combate do colapso hídrico. 

As declarações foram dadas durante entrevista coletiva no Palácio da Abolição, na tarde de ontem (07/11). “A obra que vai nos dar segurança e garantir (o abastecimento) caso não chova aqui no Ceará. De onde é que a gente vai trazer água?”, questionou. 

O chefe do Executivo estadual teme colapso hídrico que afetaria 4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

“O responsável será o Governo Federal que não está escutando o governador e seus representantes, não está escutando a urgência dessa obra ser concluída”, disse Camilo.

Segundo ele, o governo do Estado já gastou R$ 70 milhões em ações para evitar desabastecimento na RMF. “O esforço que o Ceará tem feito sem receber um centavo do governo federal (...). Só adutora para usar água do Maranguapinho foram quase R$ 2 milhões. Estou fazendo 42 poços para evitar que a gente use a água do Castanhão”, citou. ‘’Já pedi audiência com o presidente Michel Temer novamente, já oficializei esse momento crítico do Ceará”, frisa.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informou que, de 2012 para cá, a estiagem deste ano é a segunda pior. Em algumas regiões não choveu nem metade do esperado. O cenário faz de 2016 um dos dez anos mais secos da história.

Mais cedo, em entrevista à rádio O POVO/CBN, o governador foi questionado sobre ações do senador Eunício Oliveira (PMDB), que concorreu ao Governo com ele em 2014, de combate a seca, e ironizou: “É importante a iniciativa dele, mas ele devia estar preocupado com a seca desde o início, e não fazer isso como algo dentro da política”.

Eunício rebateu: “A seca está castigando nosso Estado, metade dos açudes está no volume morto, mas o atual governador parece não enxergar isso e prefere terceirizar responsabilidades ao invés de buscar soluções. Não vou fazer debate político com o sofrimento das pessoas. O trabalho insistente de apoio e combate aos efeitos da seca sempre foi pauta prioritária durante todo o nosso mandato”.

Ele acrescenta que somente neste segundo semestre, teriam sido triplicados os repasses mensais federais para obras feitas em convênio e realizadas pelos Estados da região Nordeste. Os valores passaram, segundo o senador, de R$ 6 milhões para R$ 10 milhões por mês por Estado.

O jornal O POVO procurou o Ministro da Integração Nacional, na noite desta segunda, mas as ligações não foram atendidas.

Com informações O Povo Online

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