3 de maio de 2019

Ciro continuará demarcando diferença em relação ao PT, diz Lupi

Centrais sindicais afirmaram que o pedetista chegou a confirmar presença (Foto: Divulgação)
A ausência do candidato derrotado à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), em ato em alusão ao Dia do Trabalho, em São Paulo, na última quarta-feira (01/05), gerou diferentes reações entre políticos do campo intitulado progressista. Centrais sindicais que organizaram o evento afirmaram que o pedetista chegou a confirmar presença. Também ex-candidatos, Guilherme Boulos (Psol) e Fernando Haddad (PT), foram à manifestação. O psolista, inclusive, citou a falta do ex-ministro ao falar da necessidade de ampla união da esquerda.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, alega que Ciro cancelou participação por entender que a presença teria ares eleitorais, o que ele não queria que acontecesse. Questionado, então, se a constante agenda em universidades e em entrevistas televisivas não sinalizam intenção de tentar a Presidência, Lupi concordou. Lembrou, contudo, que esses ambientes são propícios à construção eleitoral, diferentes do ato.

Ainda segundo Lupi, a ausência não foi modo simbólico de se mostrar alternativa ao Partido dos Trabalhadores e à esquerda tradicional. Ele diz que, independentemente disso, Ciro e o PDT demarcam - e seguirão demarcando - diferença em relação à legenda. "Tudo o que o governo Bolsonaro fizer que signifique retirada de diretos, cria uma unidade entre a oposição", ponderou.

Para o deputado federal José Guimarães (PT), Ciro erra ao se descolar dessas movimentações. E minimiza o argumento de Lupi: "Todo mundo estava lá, eu, Boulos e Haddad".

"Era muito importante se o Ciro estivesse. Ele virou o principal crítico do PT, mas, para nós, mais do que discutir o legado (petista), é pensar o País. Quem tem compromisso democrático pensa o país", acrescentou, salientando que Haddad foi festejado no ato.

Guimarães afirmou que a principal tarefa do "campo democrático" é de união, "ainda que alguns resistam", e em "juízo político". Apesar da crítica, ele lembrou que PT e PDT fazem parceria na Câmara dos Deputados.

Mesmo discurso adotou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Ressaltou o alinhamento que os partidos têm tido na casa legislativa, sobretudo contra a reforma da Previdência. Para ele, independentemente da vontade de "quem quer que seja", há afinidade natural entre partidos.

Embora não tenha se manifestado sobre a ausência de Ciro por não saber as razões, Costa diz não saber se ele estará em outros compromissos semelhantes. "Espero que esteja, até porque é uma liderança importante".

Para o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), é evidente que Ciro quer distância da sigla de Lula. "Não participou do segundo turno e o PDT não quis formar unidade para a presidência da Câmara, quando o Freixo era candidato. Então, claramente ele tem proposta diferente do bloco de esquerda e do PT, particularmente".

Com informações portal O Povo Online

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