9 de novembro de 2021

Bolsonaro confirma a apoiadores filiação ao PL de Valdemar da Costa Neto

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também apoiou os governos do PT (Foto: Pedro Ladeira)

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite de ontem (08/11), em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, sua filiação ao PL para disputar as eleições de 2022. "Talvez saia essa semana", disse o chefe do Executivo após ser questionado por um simpatizante sobre a data de entrada no novo partido.

Como mostrou o Broadcast Político, Bolsonaro fechou a ida para o PL em um acerto que, até o momento, reserva ao PP o direito de indicar o candidato a vice na chapa para disputar a reeleição. A data favorita para a cúpula do PL para o ato de filiação de Bolsonaro é 22 de novembro, em uma alusão ao número do partido na urna, como mostrou a reportagem.

Sigla do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o PP era a legenda favorita para abrigar Bolsonaro, mas acabou perdendo para o PL por duas razões. Primeiro, a dificuldade do Progressistas em conter a disposição de diretórios regionais em apoiar o PT em alguns Estados, o que incomodava o presidente. Depois, a possibilidade de o PL entrar no arco de alianças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve disputar o Palácio do Planalto pelo PT, caso fosse preterido.

No entanto, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se reuniu hoje com Bolsonaro, sinalizou com a possibilidade de a legenda liberar os diretórios estaduais.

"O Brasil é muito grande, temos muitas diferenças regionais e, claro, vivemos um pluripartidarismo. As eleições não serão verticalizadas, isso permite que facilite arranjos nos estados, porque temos que pensar em eleição no segundo turno", disse o parlamentar, na saída do Planalto.

Logo após o anuncio o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) apagou uma postagem em que compartilhou uma notícia sobre um esquema de propina que envolvia o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

O tuíte foi feito em 28 de abril de 2016, de madrugada, e repetia o nome da reportagem. "Exclusivo: Delator aponta propina de 3,5% para PR e Valdemar Costa Neto nos contratos de Furnas”, diz a publicação.

A postagem foi localizada por usuários do Twitter pouco tempo depois do anúncio da filiação e, quando ele foi apagado, o apelido de Carlos Bolsonaro dado pela oposição — Carluxo — virou um dos assuntos mais comentados da rede social.

“Alguém sabe por que o Carluxo Bozonaro apagou esse tweet? Deve ter sido por engano, com certeza! Avante Bolsolão contra a corrupção!”, disse um usuário. “Bolsonaro vai pro PL, se unirá a um dos maiores corruptos da história do Brasil, Valdemar Costa Neto. Carluxo até apagou críticas que fazia ao partido e ao Valdemar. Panos não faltarão pra seita bolsonarista”, criticou outro perfil.

Até mesmo o deputado federal Kim Kataguiri, ex-aliado da família Bolsonaro, criticou a ação. “E apagou o tweet por que, Carluxo? Por acaso agora que seu pai vai pro partido do mensaleiro, ele deixou de ser criminoso?”, disse o parlamentar.

Com informações portal Correio Braziliense

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