30 de novembro de 2012

Felipão é anunciado como novo técnico da Selecão

Os nomes de Luiz Felipe Scolari e de Carlos Alberto Parreira foram anunciados oficialmente ontem, no Rio de Janeiro, por José Maria Marin - foto Andrew Ricardo
Logo em sua primeira entrevista como treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari pediu apoio aos torcedores e afirmou, curto e grosso, que ganhar a Copa-2014 é obrigação. O novo velho técnico já começou a usar o prestígio que tem para tentar dar mais cor ao amarelo desbotado do atual time.

“A gente quer o incentivo do torcedor. O torcedor tem que estar com a gente”, disse Scolari. “Temos que ter tudo organizado, toda a assistência. Temos que dar confiança aos jogadores”, disse o treinador, lembrando o apoio que recebeu dos portugueses durante a Eurocopa-2004 e a Copa-2006.

O coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, também anunciado oficialmente ontem, no Rio de Janeiro, endossou o pedido e elogiou a torcida da África do Sul durante a Copa-2010. De acordo com o ex-treinador, os sul-africanos jogaram juntos com a equipe. As comparações eram um recado claro: o Brasil ainda não sabe amparar sua seleção.

O antecessor de Scolari, Mano Menezes, sofreu com a pressão nas partidas realizadas no Brasil. A seleção foi vaiada na vitória sobre a África do Sul e no duelo contra a Argentina, realizado em Goiânia, pelo Superclássico das Américas. A exceção foi o jogo contra a China, no Recife.

Scolari afirmou que não teme a opinião pública em um eventual fracasso da seleção brasileira na Copa das Confederações, primeira competição oficial do treinador, que será realizada de 15 a 30 de junho.

“Se não quer pressão é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do Brasil, num escritório”, disse Luiz Felipe Scolari, referindo-se à importância de vencer a Copa-2014. A frase não repercutiu bem. Poucos minutos depois, o próprio banco e a associação que representa seus 116 mil funcionários classificaram a declaração como “infeliz” e “preconceituosa”. Após a entrevista coletiva no Rio, ainda na tarde de ontem, o Banco do Brasil divulgou nota dizendo que o técnico havia entrado em contato para pedir desculpas. “Foi apenas uma má colocação”, teria dito Felipão.

Obrigação de ganhar

Scolari afirmou que o Brasil tem obrigação de conquistar o hexacampeonato em casa. “Nós temos a obrigação, sim, de ganharmos o título porque jogamos em casa”, completou.

O técnico afirmou que vai utilizar a base que vinha sendo convocada por Mano, demitido na última sexta-feira.

“Não vamos começar do zero. Isso não existe. Em 2001, quando pegamos a seleção brasileira, não começamos do zero. Agora vamos pegar uma seleção que foi trabalhada. Vamos pegar uma base (do Mano) e, dentro dessa base, um ou outro nome será incrementado”, disse.

Mano treinou a seleção por dois anos e meio. Assumiu no lugar de Dunga logo depois do Mundial-2010, na África do Sul. Em 40 jogos, não conseguiu títulos importantes - seu melhor resultado foi a prata na Olimpíada de Londres, em 2012.

Scolari evitou comentar se vai manter o esquema sem um atacante de referência que vinha sendo utilizado pelo seu antecessor. Na Copa de 2002, o treinador usou o 3-5-2. “Foi uma adaptação ao grupo que possuía. Depende das características dos jogadores.”

A reestreia de Scolari no comando da seleção brasileira será contra a Inglaterra, no dia 6 de fevereiro, em Wembley.

Com informações O Povo Online

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