3 de janeiro de 2022

Em entrevista ao Jornal O Povo Tasso afirma que Wagner é risco de retrocesso para o Ceará

O senador Tasso Jereissati recebeu a equipe do jornal O Povo em seu escritório em Fortaleza (Foto: Júlio Caesar)

Licenciado do mandato de senador e com retorno ao posto previsto para fevereiro, Tasso Jereissati, 73 anos, evita cravar se o PSDB terá candidato ao Governo do Estado em 2022 ou se apoiará outro nome ao Abolição. O tucano admite, porém, que sua maior preocupação hoje é evitar que o Ceará mergulhe em retrocesso.

“O que, nesse momento da minha vida, me frustraria imensamente é ver um retrocesso, alguém que destruísse esse modelo e fizesse com que o caos administrativo do passado voltasse a ser uma realidade aqui no Ceará. Essa é a grande preocupação”, respondeu o senador em entrevista ao O POVO em seu escritório, em Fortaleza, no final de dezembro passado.

Questionado se o deputado federal e pré-candidato ao Governo Capitão Wagner (Pros) representaria risco às conquistas de sucessivas administrações estaduais, entre as quais a educacional e a fiscal, Tasso disse que “ele é hoje o mais forte representante do bolsonarismo no Ceará” e que “o bolsonarismo é o maior retrocesso da história do Brasil”.

“Eu tive muita esperança no Capitão Wagner quando ele iniciou lá atrás”, acrescentou o senador, “mas a evolução dele de lá pra cá é um pouco diferente do que eu esperava. Para mim é uma decepção”.

Como exemplo de conduta do deputado que estaria alinhada ao que o tucano considera como o pior governo da história do Brasil, Tasso cita a visita de Jair Bolsonaro (PL) ao Ceará no primeiro semestre do ano passado, quando o chefe do Executivo promoveu aglomerações e desrespeitou medidas sanitárias decretadas pelo governador Camilo Santana (PT).

“Lembro que o dia em que fiquei mais revoltado foi no Ceará, e aí o Capitão Wagner esteve presente. Nós estávamos no pico do pico da pandemia, quase 200 pessoas morreram naquele dia. O presidente Bolsonaro esteve aqui e fez duas aglomerações de pessoas, sem máscara, uma em Tianguá e outra em Caucaia”, criticou.

Na conversa, Tasso também classifica a saída de Geraldo Alckmin do PSDB como um baque para o partido e se pergunta se a legenda conseguirá se recompor depois disso. O ex-governador do Ceará avalia ainda uma possível chapa Lula/Alckmin, as chances do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na disputa, o desempenho de Sergio Moro (Podemos).

O senador faz ainda planos para 2022, mas confirma: não irá concorrer a mandato novamente.

Com informações portal O Povo Online


Clique aqui e confira a seguir os principais trechos da entrevista

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