1 de outubro de 2013

A presença feminina nos Campos de Altaneira

Patricia Moreira atuando no Campo da AEA - foto João Alves
Quem acompanha a 15ª. edição do Campeonato Municipal de Futebol de Campo, ao vivo ou pelas redes sociais, já se acostumou com beleza e simpatia da jovem professora de Educação Física, Patrícia  Moreira, que atendendo convite de Humberto Batista compõe a Comissão de Arbitragem e tem participado ativamente dos jogos na cidade e Zona Rural.

Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú desde 2009, Patrícia é Pós Graduada em Psicologia Aplicada a Educação e em Educação Inclusiva com Ênfase no AEE. Atualmente ela leciona na EMEF 18 de Dezembro, coordena o Programa Segundo Tempo e ainda orienta os usuários na  Academia Popular instalada na Praça Manoel Pinheiro no centro da cidade.

Patricia diz que se sente feliz com constante aprendizado no campeonato, “sou muito bem acolhida pelos atletas os quais me respeitam e agem sem preconceito, todavia, isso não significa afirmar que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades no campo esportivo ou que preconceitos quanto à participação feminina inexistam. Não é raro, ainda hoje, encontrar nas escolas de ensino fundamental e médio disparidades relevantes no que se refere ao acesso de meninas e meninos nas atividades esportivas realizadas nas aulas de educação física” disse Patrícia.

Para Patrícia essa mesma situação pode ser observada nos espaços de lazer, na gestão esportiva, no investimento de clubes, enfim, em diversas instâncias nas quais o esporte se desenvolve.

Patrícia lembra também que a participação da mulher brasileira nos esportes, conquanto tenha tido aumento substancial nas últimas décadas, ainda se mostra, no quadro geral, um tanto retraída e, acima de tudo, carente de incentivos. Sua luta para superar as diversas barreiras erguidas pela sociedade deveria ser do conhecimento de todos para – quem sabe? – sensibilizar as áreas governamental, empresarial e a própria população, que desconhece os árduos caminhos trilhados por muitos dos seus ídolos do esporte.

“E com esse pensamento, me venho inserida com objetivo de contribuir com a saúde e o bem estar de modo geral, quando iniciei minhas atividades escolares sempre gostei de modalidades esportivas, mas, me sentia excluída e presenciava colegas passarem por esta situação por parte de alguns colegas e de alguns profissionais que lecionavam a disciplina de Educação Física, pois as aulas eram restritas em caminhadas e no futsal onde eram formados os times e escolhido os melhores jogadores e eu por não saber jogar fica de fora das atividades e com isso fui me questionando o que seria a educação física e qual o seu papel?” indaga Patrícia

Ela diz que decidiu cursar educação física com o proposito de mudar esta realidade, pois entendia ser necessária a inclusão de todos, inclusive que as meninas possam jogar com os meninos mesmo aqueles e aquelas que não saibam jogar possam aprender, uma vez que o importante é que todos mostrem suas  potencialidades e limites sem preconceitos ou discriminação. 
“Ainda assim é extremamente relevante enfatizar: entre rupturas e conformismos, as mulheres há muito estão presentes no esporte brasileiro. Eu amo a minha profissão é isso que me dignifica e me torna feliz, agradeço muito aos meus pais: Maria e Chico de Isaú, ao meu irmão Edinaldo que sempre estiveram e estarão do meu lado me apoiando, orientando e nunca mediram esforços para os meus estudos” disse emocionada a professora Patrícia.

2 comentários:

  1. Saber priorizar nossos esforços é fundamental para obter sucesso... Paty você esta de Parabénssss!

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  2. Parabéns Patrícia! Professora exemplo do Programa Segundo Tempo!
    Obrigada por não ser mais uma na nossa profissão! Parabéns

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