26 de agosto de 2019

Manifestação de direita em Fortaleza tem pauta diversa

Manifestação em defesa da Lava Jato, na Praça Portugal (Foto: Fabio Lima)
O domingo foi de manifestações em Fortaleza. A Praça Portugal, na Aldeota, ficou cheia em ato motivado por pauta diversa, que envolvia, dentre outros temas, um apelo pelo veto integral do presidente Jair Bolsonaro à lei de abuso de autoridade, aprovada recentemente pelo Congresso, o apoio ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a defesa do impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e Gilmar Mendes. 



Organizado por seis grupos de direita da Capital e municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, a manifestação foi iniciada às 16 horas e, segundo estimativa deles próprios, juntou 10 mil pessoas. A Polícia Militar não calculou o público. Trio-elétrico com integrantes dos grupos Consciência Patriótica, Endireita Fortaleza, Instituto Democracia e Ética - IDE, Brasil Indignado, Oração por Bolsonaro e Conexão Patriótica comandava as ações.

O vice-presidente do Conexão Patriota e um dos organizadores da manifestação, Roberto Barros, falou que as pautas estavam em conexão com os protestos que aconteciam em outras regiões do País. "Estamos participando de um chamamento nacional".

O ato não teve participação direta de partidos políticos, mas o deputado estadual Delegado Cavalcante (PSL), o deputado federal Capitão Wagner (Pros) e o senador Eduardo Girão (Podemos) estiveram por breves momentos no local, mas não chegaram a subir no trio-elétrico ou discursar para os presentes.

Sobre o quadro político, os integrantes dos grupos organizados informaram que para eleição municipal do próximo ano vão se organizar em torno de uma liderança política, que segundo foi informado ao O POVO, ainda não está definida. A escolha fica para o próximo ano, depois de discussões e assembleias serem realizadas.

Na Praça Portugal, além da manifestação dos grupos de direita pró-Bolsonaro, também se aglomerava um grupo de intervencionistas que também proferia palavras de ordem de um outro trio-elétrico. Em menor número, também estiveram presentes militantes do Partido Novo.

Assunto político mais comentado do momento, os efeitos dos incêndios na Amazônia também foram tocados no ato. Roberto Barros diz que os grupos estão atentos ao problema, mas que "fake news vêm sendo postas" sobre o assunto. Já o industrial Jaime Moura, 60, acredita que defender a floresta se tornou "uma ação de patriotismo". "Um patrimônio nacional, que é a nossa Amazônia, está em jogo. Estamos aqui para defender esse patrimônio, nem que seja com sangue".

Jaime duvida que os danos na Amazônia sejam tão grandes quanto se fala. O que existe, para ele, é uma tentativa de prejudicar a imagem do Brasil. "Não existe esse exagero nas queimadas do Brasil. E isso pode gerar um boicote aos produtos brasileiros".

Além dos manifestantes mais vibrantes, com defesa de pautas consideradas conservadoras, existiam aqueles mais contidos, em grupos mais afastados da agitação dos discursos do trio-elétrico. Esse era o caso do grupo religioso da comunidade evangélica Mensageiros, do bairro Genibaú.

O grupo composto por aproximadamente dez pessoas, chegou mais cedo para fazer orações. O pastor Tony Everson cita a Bíblia e esclarece o intuito das preces. "Oramos por todas as autoridades para que venham pacíficos e uma vida melhor para população".

Ele diz que o grupo costuma participar das manifestações desta forma, afirma, apesar de não defender bandeiras partidárias. "Se o Brasil melhorar, todos vão ser beneficiados sendo de direita ou esquerda. Não estamos aqui levantando bandeiras. Queremos paz e unidade. Não acredito na divisão, pois é assim que perdemos a nossa força".

Com informações portal O Povo Online

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