3 de agosto de 2013

Esperança de vida ao nascer cresce mais no Nordeste

A esperança de vida ao nascer aumentou quase 13 anos no Nordeste de 1980 a 2010, segundo mostra estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. Apesar disso, a região nordestina tem um dos piores resultados entre as demais do País, 71,2 anos em 2010, atrás apenas da Norte, com 70,8 anos. Nesses 30 anos, houve inversão de posições entre o Norte e Nordeste.

De uma vantagem de dois anos e meio para os nortistas, passou-se para uma dianteira de 0,44 ano, cinco meses e oito dias, dos nordestinos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer passou de 62,5 anos, em 1980, para 73,8 anos em 2010, acréscimo de 11 anos, dois meses e 27 dias no período. “A melhora nessas regiões foi significativa, até porque tinham resultado bem inferior aos das demais localidades”, afirmou Fernando Albuquerque, gerente do IBGE.

Segundo ele, os principais propulsores do aumento da esperança de vida no Nordeste e no Norte foram melhoras no saneamento básico, assistência à saúde, programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e o aumento da escolaridade. As regiões que possuíam o melhor cenário em 2010 eram a Sul, 75,8 anos, e a Sudeste, 75,4 anos. No Centro-Oeste era de 73,64 anos.

Na análise por estados, os piores resultados ocorrem no Maranhão, 68,7 anos; Alagoas, 69,2 anos; Piauí, 69,8 anos; Roraima, 69,9 anos; e Rondônia, 70,3 anos. “São regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), aonde o acesso à saúde é mais complexo. São estados que precisam mais urgentemente de investimentos em saúde pública”, esclareceu Albuquerque. Outro problema, segundo citou, é a baixa escolaridade.

A pesquisa mostrou ainda que a maior esperança de vida ocorre em Santa Catarina, 76,8 anos; Distrito Federal, 76,2 anos; São Paulo, 76 anos; Rio Grande do Sul, 75,9 anos; e o Espírito Santo, 75,6 anos.

“Os estados do Sul têm tradicionalmente a maior esperança porque são regiões desenvolvidas e que possuem mais qualidade de vida. Nesses locais, há menos registros de óbitos violentos”, acrescentou o especialista do IBGE.

Ele disse que outras unidades da Federação como São Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, apesar de serem potências econômicas têm o resultado prejudicado por causa do registro de mortes violentas, seja por acidentes de trânsito ou homicídios.

Com informações O Povo Online

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