7 de outubro de 2016

Justiça eleitoral pede tropas federais para segundo turno em Fortaleza

Atuação de PMs no primeiro turno foi criticada por juízes (Foto: Rodrigo Carvalho)
Em sessão do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), juízes da Corte do órgão aprovaram, por unanimidade, pedido de convocação de tropas federais para o segundo turno das eleições em Fortaleza.

O governador do Estado, Camilo Santana (PT), manifestou-se favoravelmente ao pedido. Juízes eleitorais criticaram, nesta semana, atuação da Polícia Militar em documento solicitando o reforço de tropas extras. A solicitação segue agora para o Tribunal Superior Eleitoral, que ainda não tem data para deliberar.

No texto, assinado por treze juízes das zonas eleitorais da Capital, eles relatam casos de ameaças de policiais militares a servidores da Justiça Eleitoral no pleito do último domingo. Na origem dos episódios, estaria proibição da Justiça a uso de camisas do Capitão América no dia da votação.

Presidente do TRE-CE, o desembargador Abelardo Benevides disse que, inicialmente, havia considerado a eleição de domingo, 2, “limpa, sem problemas” e que não via necessidade da convocação (de segurança de fora). “Mas os juízes me ligaram e relataram fatos que eu não sabia”, informou o desembargador.

O desembargador destacou, contudo, o trabalho da Polícia Militar e de “todos os que trabalharam” com a Justiça Eleitoral, e lembrou que policiais “também vão estar envolvidos na segurança nas ruas”, e que as tropas federais serão “uma força a mais”.

Marcelo Monte, procurador Regional Eleitoral, também não viu problemas na votação de domingo. Para ele, os casos registrados “foram isolados, sem influenciar o resultado do pleito”.

Favorável ao pedido, Monte sugere que seu voto é influenciado pela decisão de Camilo Santana. “É o comandante das forças armadas. Se ele concorda, fica difícil pedir o contrário”, disse. Conforme ele, a convocação, porém, é “mais para sossegar os ânimos” e dar “maior tranquilidade e segurança” sobre a lisura do pleito.

O atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) vê a convocação com otimismo. Para ele, é “muito bom saber que as nossas instituições estão vigilantes e atuando de forma a garantir o pleno exercício da democracia”. Capitão Wagner (PR) concorda. “Quanto mais fiscalização melhor”, falou. Ambos se enfrentam no segundo turno na Capital.

De acordo com documento assinado por juízes, policiais militares “agiram de forma totalmente parcial em favor do Capitão Wagner”.

A assessoria do candidato afirmou, por nota, que, “em nenhum momento, autorizou, orientou ou incentivou qualquer servidor” a atuar em contrariedade à lei. Segundo a nota, os conflitos no domingo foram “pontuais”.

A nota critica ainda campanha de RC à Prefeitura em 2012, quando “eleitores foram constrangidos pelo abuso do poder econômico e político” e por “presença de vários cabos eleitorais do aliados políticos do atual prefeito, vindos do interior do Estado”.

Com informações O Povo Online

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